“Ser
feliz ou infeliz é, na verdade, uma escolha de cada um…
Mas haverá por aí quem não queira ser feliz??
Ah! Todos queremos ser felizes!
É
que esta é a nossa verdadeira natureza….
Na
nossa natureza, todos queremos ser felizes…
Tudo
o que fazemos, cada um dos nossos atos…
É
para encontrarmos a felicidade de alguma maneira…
Alguns
querem, simplesmente, servir os outros...
Outros
querem ganhar muito dinheiro, porque é isso que lhes dá felicidade…
Seja
o que for que cada um de nós esteja a fazer neste planeta…
Não
importa o que seja, fá-lo porque isso lhe dá felicidade…
A
felicidade é o objetivo fundamental da vida…
Mas o
busílis da questão…
É
que depois de termos feito tudo o que temos feito…
A
felicidade, ainda assim, não acontece…
Porque será, então?
É
porque os princípios fundamentais da vida se perderam…
Lembremo-nos
como eramos felizes quando crianças…
Sem
fazer nada, eramos felizes…
Pois,
em algum momento, ao longo do caminho, perdemos isto…
Porque
a perdemos, então?
Não
será porque nos identificamos com demasiadas coisas à nossa volta…
E
deixámos que elas passassem a fazer parte da nossa mente?
Aliás,
aquilo a que chamamos ‘a nossa mente’…
É, na
verdade, apenas coisas que adquirimos de situações exteriores à nossa volta…
Dependendo
do tipo de sociedade e cultura a qual somos expostos…
Esse
será o tipo de mente que teremos adquirido...
E a
base de todo o sofrimento causado por isso…
É que
nós estabelecemo-nos na inverdade…
Estamos
profundamente identificados com aquilo que não somos nós mesmos…
Tudo
o que existe na nossa mente, neste momento…
É
algo que absorvemos e interiorizamos do exterior…
Mas
não… Esse ‘lixo’ não faz parte de nós…
Nós,
simplesmente, decidimos ficar com ele e identificámo-nos com ele…
E essa
identificação foi tão forte que, agora, está a causar-nos sofrimento…
Não,
não há problema em absorvermos esse ‘lixo’…
O que
não podemos é identificar-nos com ele!
Vivemos
num corpo que não nos pertence…
Ele foi-nos
apenas emprestado, não é nosso…
Vamos usá-lo por um tempo, então, aproveitemos
e sigamos em frente!
Mas muitos
ficam tão profundamente identificados com ele…
Que
acham que ele, é ele mesmo!
Não
é, pois, de admirar que quem pense assim, esteja a sofrer…
A
base de todo esse sofrimento é que essa pessoa estabeleceu-se na inverdade….
E está
profundamente identificado com aquilo que não é…
Pois…
Chegou a hora de se descartar do que você não é!
Desidentifique-se
com aquilo que você não é!
Quando
não se sabe o que somos realmente…
Aí,
poderemos procurar por isso…
E ao
procurar-nos, a nossa imaginação correrá livre…
E
não confiemos mais no que os outros possam dizer a esse respeito…
Será
apenas mais uma infinidade de crenças sem fundamento…
A
única coisa que podemos e devemos fazer é que:
O
que quer que não sejamos, comecemos já a descartar tudo isso!
E quando
tudo for descartado…
Ficará
apenas o que não poderá ser descartado…
Ah!
E quando chegarmos a esse ponto…
Já
não haverá mais qualquer razão para o sofrimento!”
(Inédito)