A POESIA... É DO LEITOR...

“O poeta inspira-se… A poesia nasce… O que fica a faltar? Lerem-me, caros leitores! Leiam-me como se eu fosse o vosso último alimento… Leiam-me como se não houvesse amanhã… Leiam-me e extraiam de mim a vossa derradeira inspiração… Leiam-me como se eu fosse o céu que vos sustenta… Ou, simplesmente… Como se eu fosse apenas um outro alguém… Ainda que sendo eu simples poesia... Leiam-me... Para que eu passe a fazer também parte de vós…”

05 setembro 2022

AMOR... UMA CONSTRUÇÃO...

 

                                                              ('Post' da internet)


“Se amamos sem conhecer o outro em profundidade…

Amamos involuntariamente e sem controle…

O amor assim, reduz-se apenas a uma função unilateral…

Uma ferramenta, uma propriedade…

Quando acaba, o vínculo perece…

O amor verdadeiro exige outra dinâmica…

Exige conhecer a história do amado…

A sua personalidade e causas comportamentais…

Amamos o outro pelo que ele é…

E não pelo que possa representar algum dos seus transtornos…

Esse, sim, é um amor adulto…

Devemos, pois, ser amados por alguém paciente…

Que nos aprenda durante anos…

Alguém inteligente que seja capaz de compreender o nosso construto interno…

Alguém corajoso que possa entregar a sua vida à arte de amar…

Percebendo o milagre do limar as nossas imperfeições…”


(Inédito)

O POETA É UM FINGIDOR...


 Alguns me questionam se sinto o que escrevo...

Ou se escrevo o que sinto...

Amigos leitores... Apenas sinto...

E como sempre digo:

«Escrever é a minha (melhor) forma de estar sozinho...»


E... Não se esqueçam, também, do que disse Pessoa...




AMOR ETERNO...

                                                ('Post' da internet)

 

“Trago a alma dilacerada…

Por um amor que nasceu eterno…

Ainda que só tenha durado um momento…

Trago a minha dor escondida…

Nem aquela que a causou sabe o meu tormento…

E por todos hei de passar, qual sombra despercebida…

E neste meu triste isolamento…

Chegarei ao fim da existência esquecido…

Sem jamais emitir um único lamento…”


(Inédito)

MORRER LENTAMENTE...

 

                                                  (Fotografia da internet)


“Morre lentamente quem não muda de opinião…

Morre lentamente quem se torna escravo do hábito…

Morre lentamente quem faz da televisão o seu parceiro diário…

Morre lentamente quem evita uma paixão…

Morre lentamente quem não sai porta fora quando está infeliz no trabalho…

Morre lentamente quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho…

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música…

Morre lentamente quem não acha graça a si mesmo…

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio…

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte...

Ou da chuva incessante…

Hoje morre muita gente lentamente…

Ah! Já que não podemos evitar a morte…

Que ao menos evitemos a morte em suaves prestações…

É que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar…”


(Inédito)

CRISES... VENHAM ELAS...

 

                                                                                      ('Post' da internet)


“Quando levamos um abanão…

A vida faz-nos mergulhar dentro de nós mesmos…

Saímos do superficial e descemos ao mais profundo…

Mas uma crise é, também, uma oportunidade mística e transcendente…

É o instante em que precisamos rever valores…

Perceber as nossas feridas e procurarmos a sua cura…

Que, afinal, é a nossa própria cura…

As crises surgem para nos fazer lembrar quem somos…

E realinharmos a nossa caminhada com os propósitos da nossa alma…

Elas fazem-nos questionar as nossas atitudes e tudo aquilo que nos rodeia…

Elas não surgem apenas para magoar…

Sofrer, é apenas mais uma opção…

Não! Elas surgem para limpar tudo o que não é mais necessário para a nossa evolução…

Uma crise é sempre um momento de metamorfose interna...

E para darmos um novo significado à nossa vida…

É como um despertar…

É o momento de deixar de fazer coisas sem sentido…

De estar com pessoas que não acrescentam…

Não há quem saia de uma crise sem se transformar…

Sim, elas levam-nos para o profundo…

Mas fazem-nos emergir mais fortes…

Por isso…

Todas as vezes que uma crise chegar…

Enfrentemo-la!

Pois, estamos diante de um processo de transformação para o melhor!”


(Inédito)

04 setembro 2022

A VOZ DA FLORESTA...

                                                                                                                      (Fotografia da Internet)


“Antes de entrares, por favor...

Pede para entrar em mim…

Faz uma pausa no teu andar…

Deixa que o silêncio acalme a tua mente…

E que se abra o teu coração…

Ao entrares… Lembra-te que tudo o que pisares é sagrado…

E que existem muitos povos pequeninos e invisíveis que moram neste lugar…

Não pegues em pedras, plantas e flores se não houver necessidade…

E se o fizeres, não te esqueças também de pedir permissão...

Prepara o teu olhar, pois a contemplação é a arte dos Sábios…

Antes de adentrares na minha casa, deixa também os teus medos lá fora…

Vibra, antes, de contentamento…

Pois a tua vibração irá contaminar cada espécie…

Seja mineral, vegetal, animal ou elemental…

Não deixe, pois, nada que for teu contaminar por aqui…

Deixe apenas pegadas e demonstrações de gratidão…

Trata-me como se eu fosse mais um templo para ti…

Cuida de mim, como cuidas da tua família…

E quando caminhares por mim adentro…

Sente a comunhão e a harmonia com os elementos…

E permite o abraço das árvores anciãs…

Não quero que me idolatres, apenas que me respeites…

Ao reverenciar-me, estarás a reverenciar a tua própria vida…

Porque somos Um Só…

Eu tenho muitas histórias guardadas e escondidas pela terra…

E só preciso que saibas ouvir a minha Voz…

Enquanto houver tempo!”


(Inédito)

CONTOS DE FADAS... TAMBÉM SÃO EDUCAÇÃO...

 

                                                                            ('Post' da internet)

“Contos de fadas...

Sim, aquelas antiquíssimas histórias populares…

Que enriqueceram a alma de milhões de crianças… E adultos…

Relatos plenos de fantasia que nos falam de realidades e mitos arcaicos…

Que transcendem a linguagem, a raça, a geografia e nos embalam…

Eles abrem-nos, através da imaginação, olhos e medos para a vida real…

Mesclada de momentos bons e ameaças sinistras…

Experiências divertidas e outras dolorosas…

Algumas também na infância…

Na realidade, nem sempre os fortes vencem e os frágeis são anulados:

- A força da inteligência de pessoas ditas ‘fracas’…

Inúmeras vezes derrota a brutalidade dos ‘fortes’ menos iluminados…

Porém o mal existe, a perversão existe…

Confundindo critérios que antes nos orientavam…

Cabe a cada um de nós, à família, à escola…

E a qualquer pessoa bem-intencionada…

Reinstaurar alguns fundamentos de vida e instaurar novos…

Hoje existe uma tendência para uma educação ‘imbecilizante’…

Segundo a qual só se deve aprender brincando…

A escola passou a ser quase um pátio desordenado…

E a falta de respeito reproduz o que acontece em casa…

Foi esta mesma corrente de pensamento…

Que mutilou histórias infantis arcaicas como a do 'Chapeuzinho Vermelho':

- Agora o Lobo acaba amigo da Avó…

E nada de devorar a velha, nada de abrir a barriga da fera e retirá-la outra vez…

Todos na mais santa paz, tudo de brincadeirinha…

Ah! Como não é assim a vida…

Modificam-se textos de cantigas como «Atirei o pau ao gato»…

Transformando-a num ridículo «Não atire o pau no gato»…

Porque o gato é bonzinho e nós também o devemos ser…

É que hoje todos temos de ser politicamente corretos…

Ah! O mundo não é assim!

Coisas más e assustadoras acontecem a todo o momento…

Por isso, as crianças e jovens devem ser preparados para a realidade…

Não com pessimismo ou cinismo…

Mas com a força de um otimismo lúcido…

O medo faz parte do existir e do pensar…

Não precisa ser terror da violência doméstica, ou da violência nas ruas…

Mas o medo natural e saudável que nos faz cautelosos…

Pois nem todo o mundo é bonzinho…

Adultos e mesmo crianças podem ser maus…

E uma dose de realismo na educação das crianças...

Ajudará a dar-lhes o necessário discernimento…

Habilidade para perceber o positivo e o negativo…

E poderem escolher melhor…

Temos muitos adolescentes infantilizados pelo excesso de proteção paterna…

Temos jovens adultos incapazes porque quase nada lhes foi exigido…

Nem na escola, nem em casa…

Talvez tenha lhes faltado a essencial atenção e interesse dos pais…

Na onda de que «tudo está numa boa»…

Há que dar a volta por cima, mudar algumas posturas e opções…

Exigir mais de nós mesmos e dos nossos filhos…

De professores e alunos, dos governos, das instituições…

Ou vamos transformar as novas gerações em fracotes despreparados…

Vítimas fáceis das armadilhas que espreitam de todos os lados…

No meio do honrado e do amoroso…

Que também existem e precisam de se multiplicar…”


(Inédito)

AMOR... A GRANDE DESILUSÃO...

 

                                                                ('Post' da internet)


“De um outro modo de olhar…

Ao simples gesto de abraçar…

Poderemos também chamar de amor…

É que amor é quando damos um pouco mais…

Talvez por isso, poucos querem o amor…

Porque amor é a grande desilusão de tudo o mais…

E poucos suportam perder todas as outras ilusões…

Há, ainda, os que se voluntariam para o amor…

Pensando que o amor enriquecerá a sua vida pessoal…

É o contrário!

Amor é pobreza…

Amor é não ter…

Inclusive, amor é a desilusão do que se pensava que era amor…"


(Inédito)

FUTURO... SEM MUNDO...

 

                                    (Fotografia da internet)

“Não! Eu cá, não quero saber do futuro…

Imagino que muita gente pretenderá ter esse desejo…

Mas eu não!

Ainda que ele seja a eterna promessa que os nossos passos perseguem…

Como se quiséssemos sentir o destino…

Mais do que o futuro…

O meu problema é que estamos a ficar mais sem mundo…

Sim, o mundo… Este mundo e não outro mundo…

É que andam por aqui uns quantos…

No presente…

Que o chutam que nem uma bola de trapos…

Uns brincam com ele como se fosse uma brincadeira de índios e cowboys…

Outros… Espremem-no como se fosse um limão…

Vivemos, pois, num mundo sem fundo…

Sem terra, sem água, sem ar… Sem alma…

É disto que se trata e jamais de futuro…

Mas, se és senhor do tempo… Ó Futuro!

Que permitas transcender este mundo…

Por nós que agora experienciamos por aqui…

E pelos outros:

Os outros que virão depois…

Se houver um depois.”


(Inédito)

SILÊNCIO GEODÉSICO...

 



“É tão vasto o silêncio da noite na montanha…

Tão despovoado…

Tento em vão esforçar-me para não ouvi-lo…

Como ultrapassar esta paz que me espreita?

Ah! Silêncio tão grande que o desespero tem medo…

Aprumo os meus ouvidos, todo o meu corpo escuta:

Nada! Nenhum rumor…

Como é extasiante a profunda meditação do silêncio…

Do silêncio sem lembrança de palavras…

É um silêncio que não dorme… É insone…

É vazio e sem promessas…

Se ao menos houvesse o vento…

É que o vento é vida…

Mas este silêncio não se deixa ouvir…

Não se pode falar do silêncio como se fala do vento…

Mas é um facto: o silêncio existe!

E se um pássaro perdido cantasse?

Esperança inútil…

O canto apenas atravessaria como um sibilo o silêncio…

Tenho de ter coragem, não resistir mais…

Entrar nele… Ir com ele, qual fantasma na noite escura…

Adentrar o silêncio…

E não esperar mais escondido atrás da escuridão…

E diante dele, ser eu próprio…

Pois, eu fui feito para o silêncio…

Se não tiver coragem, não entro…

Esperarei atrás da escuridão diante do silêncio…

Então, que espere….

Não o fim do silêncio…

Mas o auxílio bendito de um terceiro elemento:

A luz da aurora!”


(Inédito)

03 setembro 2022

SABER VIVER...

 

                                                                                        ('Post' da internet)


“Desde jovem, sempre escutei que devemos poupar para um futuro longínquo…

Concordo, pensar-se um pouco no futuro, está certo…

Mas, como dizia Thoreau: «melhore-se o momento presente!»

É que estamos vivos agora…

A mensagem que me difundiram é clara:

Não sacrifiquemos o dia de hoje pelo de amanhã…

Mas… Se nos sentimos infelizes agora…

Há que tomar alguma providência agora…

Pois só na sequência dos ‘agoras’ é que existimos…

Confessem:

Quantos ‘agoras’ foram perdidos e que não voltarão mais….

Quantos arrependimentos de não ter tido…

Não ter sido… Não ter decidido…

Porque não, então, fazer agora o que queremos fazer…

O que é mais importante para cada um de nós?

Ah! Não sentem já uma corrente de vitalidade percorrer-vos o sangue?

É agora, meus amigos… Sim, neste mesmo instante…

Mas… O que nos impede de agir no aqui e agora?

Será o medo a causa da ruína dos nossos momentos presentes?

Ou a insegurança que nós temos de nós mesmos…

Aqui, de novo, Thoreau tinha razão:

 «O que um homem pensa a respeito de si mesmo determina o seu destino»…

Ah! Deixemos de levar uma vida de desespero passivo…

E sejamos menos duros para com nós mesmos…

Simplifiquemos!

A vida sem risco não vale a pena…

A salvação é pelo risco…

Sem o qual a vida não vale mesmo a pena!”


(Inédito)

ERRAR... PARA CRESCER...

 

                                                          ('Post' da internet)

“Cada vez parece ser mais difícil viver…

Hoje existem vários tipos de felicidade…

Casar, não casar, juntar, separar…

Homem e mulher, homem com homem, mulher com mulher…

Adotar filhos, inseminação artificial, barriga de aluguer…

Ou simplesmente não os ter…

A vida antes podia ser menos estimulante, mas era mais fácil acertar…

E não sei se é minha impressão…

Mas hoje parece que vivemos a era da infantilização…

Será que já não se fala em maturidade?

Pois, parece que ninguém quer mais tornar-se adulto…

Todos estão com medo de errar!

Não somos apenas a soma das nossas escolhas…

Há que saber também renunciar…

 Crescer é tomar decisões e coexistir com a dúvida….

E os adultos de hoje vacilam facilmente diante de fracassos e frustrações…

Só a morte é definitiva, mas é fundamental entender:

- É normal morrer várias vezes numa única vida…

Só assim, poderemos perder o medo…

E finalmente crescer…”


(Inédito)

02 setembro 2022

O FIM DO CAMINHO...

                                         (Fotografia da Internet)

 

"Não sou o primeiro...

Não serei o último...

A encontrar um caminho onde o céu encontra a terra...

Há uma manhã dentro de mim à espera de eclodir na Luz...

E tudo começa agora no fim da estrada...”

 

E para que ninguém fique órfão da razão...

Entendam...


A felicidade só faz sentido quando é partilhada!

(“Into The Wild”)

 

Gratidão!

Por um dia terem parado junto a mim...

01 setembro 2022

CONTINUAR A AMAR...

 

                                                             (Fotografia da Internet)

“O que tens?

Dói-me o coração!

Porquê tanto sofrimento?

Não é sofrimento, apenas dor…

Então, o que pretendes fazer para amenizar tanta dor?

O que sempre fiz… Continuar a amar!

Tudo… E todos…”


(Inédito)

PORQUE SOFREMOS TANTO POR AMOR?

 

                                                           ('Post' da Internet)

“O amor é, de facto, um sentimento lindo…

Mas quando ele não é repartido…

Ele também é muito sofrido…

Não existe dor maior do que perder alguém que amamos…

E não há sensação pior…

Do que não ter a oportunidade de ter dado um último abraço…

Não ter dito um último «eu te amo»…

Um último beijo…

Dizem que o tempo ameniza…

E a dor se desvanece…

Mas isso é faltar à verdade…

Se o tempo fosse remédio, nenhum mal existiria…

É que a dor no amor não advém das coisas vividas…

Mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram…

Por todos os beijos cancelados... Pela eternidade…

E automaticamente esquecemos o que foi desfrutado…

Para alguns de nós este é o nosso desígnio…

O que o universo, a vida une… Afinal, também separa…

E o mais correto seria a gente não sofrer…

Apenas agradecer por termos conhecido alguém tão especial…

Que gerou em nós um sentimento tão inusual…

E que nos fez companhia por um tempo… Um tempo feliz…

Ah! Mas como, então, aliviar a dor do que não foi vivido?

Talvez não voltarmos a iludir-nos tanto…

E vivendo mais connosco mesmos…

Não, não é nenhum desperdício amar…

O desperdício da vida está no amor que não damos…

Esquivar-nos ao sofrimento, enviesa o nosso crescimento…

A dor é, pois, inevitável…

O sofrimento, esse sim, é opcional...”


(Inédito)

SER FELIZ... DA MINHA JANELA...

                                                                                                       (Fotografia da Internet)
 

“Houve um tempo em que a minha janela se abria para um lago...

No lago nadava um linde cisne sem parar…

Nos dias límpidos, o cisne até parecia que nadava no ar…

Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa...

E sentia-me completamente feliz…

Houve um tempo em que a minha janela dava para um rio…

No rio passavam barcos carregados de flores…

Para onde iam tantas flores?

Diante de quem brilhariam, aquelas flores?

Eu ainda era mais criança...

E a minha alma continuava completamente feliz…

Houve um tempo em que a minha janela se abria para um lindo jardim…

À sombra das árvores corriam e brincavam outras crianças…

As crianças tinham tal expressão de felicidade no rosto…

Ainda que eu não participasse das suas brincadeiras...

Eu me sentia completamente feliz…

Hoje continuo a abrir a minha janela…

E vislumbro nuvens espessas…

Avisto crianças que vão para a escola…

Pardais que pulam de galho em galho…

Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais…

Às vezes, um avião passa…

Tudo parece continuar certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino…

E eu continuo completamente feliz…

Mas, quando falo destas pequenas felicidades que estão diante da minha janela…

Uns dizem que essas coisas não existem…

Outras dizem que essas coisas só existem diante da minha janela…

Pois eu sempre lhes digo:

Que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim…”


(Inédito)