A POESIA... É DO LEITOR...

“O poeta inspira-se… A poesia nasce… O que fica a faltar? Lerem-me, caros leitores! Leiam-me como se eu fosse o vosso último alimento… Leiam-me como se não houvesse amanhã… Leiam-me e extraiam de mim a vossa derradeira inspiração… Leiam-me como se eu fosse o céu que vos sustenta… Ou, simplesmente… Como se eu fosse apenas um outro alguém… Ainda que sendo eu simples poesia... Leiam-me... Para que eu passe a fazer também parte de vós…”

05 setembro 2022

MORRER LENTAMENTE...

 

                                                  (Fotografia da internet)


“Morre lentamente quem não muda de opinião…

Morre lentamente quem se torna escravo do hábito…

Morre lentamente quem faz da televisão o seu parceiro diário…

Morre lentamente quem evita uma paixão…

Morre lentamente quem não sai porta fora quando está infeliz no trabalho…

Morre lentamente quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho…

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música…

Morre lentamente quem não acha graça a si mesmo…

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio…

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte...

Ou da chuva incessante…

Hoje morre muita gente lentamente…

Ah! Já que não podemos evitar a morte…

Que ao menos evitemos a morte em suaves prestações…

É que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar…”


(Inédito)

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