A POESIA... É DO LEITOR...

“O poeta inspira-se… A poesia nasce… O que fica a faltar? Lerem-me, caros leitores! Leiam-me como se eu fosse o vosso último alimento… Leiam-me como se não houvesse amanhã… Leiam-me e extraiam de mim a vossa derradeira inspiração… Leiam-me como se eu fosse o céu que vos sustenta… Ou, simplesmente… Como se eu fosse apenas um outro alguém… Ainda que sendo eu simples poesia... Leiam-me... Para que eu passe a fazer também parte de vós…”

29 dezembro 2022

DESENGANO…

                                                                                                              (Fotografia da Internet)

"Dizem...

Sorri quando a dor te torturar...

Mas...

Eu não gosto de mentir...

Nem para a dor...

E depois...

Se eu sorrir...

Ainda vão pensar...

Que eu sou feliz..."


(In "Crónicas Mundanas...")

28 dezembro 2022

AMOR… E SER……

 

                                                                                  ('Post' da Internet)


“O ser busca outro ser…

E quando o encontra…

Acha a razão de ser…

É o dois em um:

Amor e ser…

Ah! Finalmente…

A vida ganha algum sentido...”

 

(In "O amor... Sempre o amor...")

27 dezembro 2022

EU SOU O UNIVERSO…

 

                                                                                            ('Post' da Internet)


“Só existo eu…

A minha consciência… Eu…

Eis-me aqui prostrado perante a vida… E a morte…

O que vêm é apenas o meu corpo entregue ao tempo…

Pois, eu sou o universo!

Por isso nada necessito…

Afinal, eu sou tudo…

Ah! É verdade… Sou prisioneiro deste corpo…

E, desse modo, tornei-me mais um fragmento…

 Algo material que necessita de coisas…

Sim, um corpo necessita de coisas…

Mas… Se eu já existia na ausência deste corpo…

Sim, quando não tinha um corpo…

Porque não voltar, então, a esse estado anterior ao corpo…

E experienciar a minha verdadeira natureza verdadeira e livre?

Porque abdiquei de tudo isso…

E preferi camuflar-me e assumir mais esta formatação?

Não sou, afinal, o Universo?”


(In "Crónicas Mundanas...")

26 dezembro 2022

SER POETA NA VIDA…

                                                                   ('Post' da Internet)


“Ser feliz é saber ser poeta na vida…

Tudo o que é obrigação é prosa…

Mera sobrevivência…

O que nos faz viver, florescer, amar…

É a poesia…

Ah! A felicidade é um problema menor…

A felicidade depende de uma multiplicidade de condições externas…

E depois… Não existe uma felicidade eterna…

Então, porque não escolhermos semear outras condições…

Mais internas…

Que nos permitam viver poeticamente a vida…

E quem sabe, dessa forma…

Podermos encontrar também alguns momentos de felicidade…”


(In "Crónicas Mundanas...")

25 dezembro 2022

AMAR É… VOAR…

                                                          (Fotografia da Internet)


"Espero ainda encontrar alguém que me ame como eu sou…

Que apenas me ofereça um ninho para pousar…

Mas que não seja uma gaiola para mim…

Somente, que me deixe voar…

Pois, amar é deixar, soltar…

E depois…

Quando mais soltos, mas presos queremos ficar…

Como é maravilhoso deixar a liberdade fluir…

Nas asas de um amor cuidadoso…

Que nos aceita e nos ensina a ser melhor…

Ah! Espero reencontrar esse amor tão distante…

E aprender, de novo, a ser, a amar… Voando…”


(In "O amor... Sempre o amor...")

24 dezembro 2022

QUERO PERTENCER!

 

                                                       (Fotografia da Internet)


“Hoje venho, apenas, dar sentido(s) àquela necessidade de pertencer...

De facto, a minha ausência...

Talvez, isolamento...

Ainda que necessária para o meu crescimento pessoal…

Afastou-me de um outro crescimento - o exterior...

Por assim dizer...

A verdade é que só através do contacto...

Com o outro...

É possível sentir…

Vivenciar que pertencemos a este mundo...

E, mais importante ainda, só através do outro, da coexistência…

Conseguimos mudar-nos a nós mesmos…

Sim, é um facto!

Existimos…

Somos, também, através da diferença...

Mas é a partir dessa diferença...

Quer do meio em que nos movemos...

Quer dos outros com quem nos confrontamos quotidianamente...

Que, afinal, nos construímos!

A possível fragilidade das relações está nas fronteiras...

Precisamos, pois, simplesmente, de dar o salto...

Superar as nossas barreiras, os nossos muros...

Os nossos medos...

Ou seja...

Integrar o novo, o diferente...

Mudar... Adaptar... Crescer!

Por isso...

Estou aqui convosco!

Quero pertencer!

Quero crescer!

É que sabem...

Sem esta atitude de querer pertencer...

A nossa vida é muito mais pobre!

Com este sentimento de pertença engajado...

Acreditem, percebemo-nos muito melhor a nós próprios...

Como que redesenhamos o nosso 'eu'...

E o nosso 'não-eu'...

Mas só no contacto com o outro podem surgir as escolhas...

As atitudes e as ações...

As próprias emoções...

Afinal, as relações...

Só em contexto com o outro experienciamos verdadeiramente o mundo...

A vida...

Sentimos a evolução...

Descobrimos o amor!

Ah, sim! Vamos falhar...

Errar…

Talvez até magoar os outros...

Magoar-nos...

Mas sabem...

Isso apenas acontece porque ainda não corrigimos a nossa comunicação...

Continuamos a comunicar uns com os outros muito rudimentarmente...

Falta...

Um pouco mais de verdade...

De expressar... O verdadeiro sentir... O profundo sentir...

Ou seja...

Comunicar com verdade...

O que verdadeiramente sentimos...

Ah! E sem quaisquer preconceitos...

Por outro lado...

A coexistência...

Não é, ainda, pacífica...

Porque nos limitamos a comunicar... À superfície...

Preferimos ficar na fronteira... Do sentir... E do explorar… Exteriorizar...

Parece que ainda não percebemos que as fronteiras humanas são muito flexíveis…

Maleáveis...

Ainda que... Complexas...

Por vezes... Mais complicáveis... Pois adoramos complicar...

Pois...

Temos de deixar de andar à superfície...

Mergulhemos, então, nas profundezas da intimidade...

Não fiquemos apenas pela racionalidade e pela objetividade...

Arrisquemos tocar os corações uns dos outros...

Claro, respeitando os limites...

Sejamos... Delicados...

E assumamos, tranquilamente, as nossas diferenças...

Todos sabemos quão diferentes somos uns dos outros...

Somos... Cada um de nós...

Seres únicos... Irrepetíveis...

Mas isso... Que é muito...

Deverá ser tudo o que nos deve unir!

Então... Parece(me) simples...

Respeitemos as nossas fronteiras...

As nossas diferenças...

A nossa essência…

A nossa individualidade...

Mas... Aprofundemos a nossa coexistência...

Choquemos mais uns nos outros...

Ao fazermos isso, estou convicto, que fortaleceremos os laços de pertença!

Ora digam lá se não é fantástico quando ocorre aquele encontro inusitado a dois...

E depois... Se não ocorre...

Oh! Simplesmente não acontece nada!

Pois... Digo-vos...

Foi o que aconteceu comigo...

Neste tempo em que continuo ausente...

Sim, como já referi...

Preciso recolher-me...

Todos precisamos de vez em quando...

Por vezes... Precisamos limar as nossas arestas...

As fronteiras...

Mas para crescer... Crescermos... Precisamos uns dos outros...

Eu cá não tenho dúvidas:

Eu preciso de vós!

De me expressar para vós... De vos ouvir...

De vos sentir!”


(In "Crónicas Mundanas...")

23 dezembro 2022

PAIXÃO...

 

                                                                             ('Post' da Internet)


“Paixão…

É devoção intensa, ardente em permanente expansão…

Que quando não correspondida se guarda em segredo…

É o desejo de viver a cada instante, um romance permanente…

Ou apenas um ardor que se almeja constante…

Ainda que o tempo faça dela chama hesitante…

Sim, fui paixão!

Fiz tudo o que ela me permitiu…

Vivi-a como quem vive um festim sem fim…

Não fiquei a ver a vida passar…

Antes, reinventei a paixão…

E gozei-a em todos os sentidos…

Foi paixão carnal, amores platónicos, amores virtuais…

Tudo o que qualquer paixão de verdade confere…

Pobre do meu coração…

Como ele foi posto à prova, coitado…

Mas, saiu fortalecido…

Pois, degustou a paixão até ao tutano…

E hoje está imune à dor de qualquer pós-amor…

A paixão até pode magoar…

Incluso, deixar algumas mazelas…

Mas se for desfrutada de verdade…

É maior a gratidão que o vazio…

E no final não existem deceções…

Já que não houve cobranças, nem esperanças…

E acaba por ser muito mais real…

Como um simples breve respirar...

Pois, questionar porque nos apaixonamos…

Ainda sabendo que não vai durar para sempre…

É o mesmo que questionar…

Porque respiramos se vamos morrer…

E depois…

Nada precisa ser para sempre…

Basta valer a pena enquanto durar…

Ah! Preciso respirar-te, de novo, Ó paixão!”


(In "O amor... Sempre o amor...")

22 dezembro 2022

YEMANJÁ...

 

                                                                                         ('Post' da Internet)


“Seria Mulher... Seria Mar...

Fosse o que fosse...

A sua ondulante saia raiada, enrolou-se em meus pés...

Seus seios nus de água reluziam como ouro em corpo sem adornos...

Hesitante... Questionei-Lhe:

"Quem és Tu? De onde vens?"

Ela respondeu-me:

"Não tenhas medo...

Pois, venho do mais íntimo do teu Ser..."

Sorri, então...

E juntos sentámo-nos sobre seu manto coberto de algas...

E num uníssono divinal veneramos o Mar... E a Terra...

E eis que a Luz que inundava o céu resplandeceu...

Desvelando o mais belo sorriso que algum dia sonhei...

Cerrei os meus olhos...

Na tentativa de o guardar para a eternidade...

Quando os abri...

Restava apenas a Estrela da tarde... Sobre o Mar...

Luz e sombras brincavam, também, nas águas do Mar...

Continuei sentado... Agora... Sozinho... No meu interior...

Encontrei-o cheio de ternura... De Amor...

Deixei-me, pois, estar..

Não dei sequer pelo fim do dia...

Fiz do meu corpo um barco...

E naveguei no Mar crepuscular...

Com o luar dançando, também... No Mar...

E murmurei...

Ouve a minha suplica... Bela Donzela...

Vem... Vem, de novo, até mim...

Banha-me, de novo, com a tua Luz...

E faz de mim prisioneiro neste teu jardim à beira-mar...”


(In "Crónicas Mundanas...")

21 dezembro 2022

CORAÇÕES PUROS…

 

                                                                                  ('Post' da Internet)


"Os corações puros amam com a alma…

São completamente transparentes…

 E estão convencidos de que os outros são como eles…

Leais na sua abordagem para oferecer o seu amor...

É que para eles, o amor é a única vibração possível...

Mas os corações puros têm de passar pela provação da transfiguração…

Têm que realizar uma última grande purificação ao longo do seu percurso…

Para darem espaço para a pureza crescer e nutrir outros corações...

Pois, ainda que carreguem dentro de si a vibração do amor…

A qual outorga o impulso para outras renovações…

Este é um trabalho doloroso, não um conto de fadas...

Que não subsistam ilusões...

O diamante bruto tem de ser cortado pela força do espírito...

Ter um coração puro não é, pois, uma deficiência...

É um dom precioso que nos pode permitir evoluir ao nível da alma…

E ajudar na transformação...

Dos outros… E do mundo!"


(In "O amor... Sempre o amor...")

20 dezembro 2022

DEUSES DE PEDRA vs SACERDOTISAS DIVINAS...

 

                                                                                                                (Fotografia da Internet)


“Em mais uma janela… Da Vida…

Bailam exóticas dançarinas de Elêusis...

Ah! Será encanto… Será sonho…

Não importa…

Dancem ainda que apenas em mim…

Exóticas sacerdotisas divinas...

Que impetuoso frenesim...

Entre mármores augustos...

São princesas de púrpura sagrada…

Virgens dos muros vetustos...

Esculpidas em janela de granito...

Quais musas de antigos monólitos...

Silenciosas elas dançam para deuses imortais…

Prostrados em pórticos alabastrinos….

Emitindo sussurros de palavras deliciosas...

Ao som da música do santuário sagrado da vida…”


(In "Crónicas Mundanas...")

19 dezembro 2022

AMAR TAMBÉM É ESCUTAR…

 

                                                                                                                        ('Post' da Internet)


“Amar é mais escutar que falar…

A arte de amar e a arte de ouvir estão intimamente ligadas…

Não é possível amar uma pessoa que não sabe ouvir…

Os que muito falam estão condenados à solidão…

O ato de falar é masculino…

Pois, ‘fala’ vem de ‘falus’, algo que sai…

Algo que se alonga e procura um orifício onde entrar…

Já o ato de ouvir é feminino…

O ouvido é um vazio que se permite ser penetrado…

Será, então, falar coisa de homem e ouvir coisa de mulher?

Não!

Todos somos masculinos e femininos ao mesmo tempo…

Todos poderemos escolher falar…

Ou, simplesmente, escutar…

Mas, não há amor que resista ao falatório…”


(In "O amor... Sempre o amor...")

18 dezembro 2022

ESTOU CANSADA…

 

                                                                                  (Fotografia da Internet)


“Estou cansada… Apenas isso…

Mas tenho razões para tal…

É que esta vida cansa…

Sobretudo quem corre sem destino…

E com algum desatino…

Dizem que quem corre por gosto não se cansa…

Pois eu cá, corri na vida como uma desalmada…

Bem, talvez por isso esteja cansada…

Confesso que para mim a vida, por vezes, foi uma grande ‘cansadeira’…

Mas sabem?

Parte deste meu cansaço é de olhar para o mundo…

É que tenho visto muito…

E interiorizado muito do que tenho visto…

E cansa ver todo o mundo correr…

E o mundo correr dentro de nós…

Ah! Se alguém não tivesse dito que parar é morrer…

Acreditem que eu ficava-me por aqui…

Não, que não queira viver…

Pois, ainda que viver canse…

Há um certo prazer no cansaço que a vida nos dá…”


(In "Crónicas Mundanas...")

16 dezembro 2022

PROCURANDO POR TI… NAS ESTRELAS…

 

                                                                     ('Post' da Internet)


“Eu viajo pelo universo há séculos…

Procurando por quem nunca me esqueci…

Já procurei atrás do sol…

Na cauda de um ou outro cometa…

Até me perdi numa nebulosa…

Mil vezes te procurei e outras mil te perdi…

Quantas vezes nos teremos cruzado sem nos reconhecermos…

Ah! A evolução está chegando ao fim…

Talvez esta seja a minha última viagem…

E agora…

Estou aqui sentado neste pequeno planeta azul…

Esperando que o universo conspire a nosso favor…

E eu te possa reencontrar…

Lembro-me da tua luz… Do teu perfume…

E da tua essência, que também é minha…

Mas não fiques triste, se não nos reencontrarmos novamente neste plano…

Pois, sempre temos mais uma viagem de volta…

E quando retornarmos à Fonte…

Aí, podemos voltar a estar juntos…

E voltar a ser felizes com as nossas brincadeiras de criança…

Vamos ver quem chega a Casa primeiro?"


(In "O amor... Sempre o amor...")