A POESIA... É DO LEITOR...

“O poeta inspira-se… A poesia nasce… O que fica a faltar? Lerem-me, caros leitores! Leiam-me como se eu fosse o vosso último alimento… Leiam-me como se não houvesse amanhã… Leiam-me e extraiam de mim a vossa derradeira inspiração… Leiam-me como se eu fosse o céu que vos sustenta… Ou, simplesmente… Como se eu fosse apenas um outro alguém… Ainda que sendo eu simples poesia... Leiam-me... Para que eu passe a fazer também parte de vós…”

03 outubro 2022

TEMPESTADE DE DESEJO...

 

                                                                                    ('Posto' da Internet)

“Adoro o teu sorriso…

Como são belas as palavras que escreves nos teus lábios…

És sonho que me empurra para o futuro…

E me tira das vielas escuras do meu passado…

Mostraste-me, de novo, a alegria de viver…

Por isso, decidi desligar o relógio do tempo…

E agora oriento-me unicamente pelo calendário do nosso amor…

Ressalvando os dias que gastamos a trocar beijos…

Ah! Que bom que é seguirmos este ritmo da nossa paixão…

Paixão que nos serve de alimento…

Meu amor… Deixa que o meu olhar se perca no teu…

Deixa-me dizer-te palavras mudas...

Que sei que para ti serão como gritos de desejo…

Anda… Vamos jogar este belo jogo de sedução…

Desenhemos muitas palavras em nós...

Para que os nossos corpos se entendam na perfeição…

Deixando-se também eles levar por esta onda de paixão…

Sim, estamos em plena tempestade de desejo…

Em que as palavras se transformam em beijos…”


(Inédito)

01 outubro 2022

FAZER AMOR...

 

                                                                     ('Post' da Internet)


“Fazer amor… Ou apenas amar…

E com a líbido animal alimentar o amor para que sejamos mais humanos…

Aprender a olhar nos olhos e perscrutar o amor interior…

Sim, aquele que reside na nossa alma…

Trocar carinho, expressões, sensações…

Ah! E receber também…

Fazer amor não são apenas corpos que se tocam…

É como uma comunhão entre almas…

E quando assim acontece, o amor expande-se ainda mais…

E o prazer, a alegria fundem-se num momento sagrado…

Em que dois seres se transformam em UM...”


(Inédito)

MITO...

 

                                                                                                                         ('Post' da Internet)


“O que é Mito?

Quem é que sabe…

Alguns dizem que é a expressão do inconsciente…

Mas, o mito é como uma espécie de caminho…

É que se partirmos do mito, chegamos onde quisermos…

Eu cá, sou fascinado pelo mito de Dionísius…

Dionísius, Filho de Deus nuns mitos…

Filho de uma mulher mortal noutros…

Se não conhecermos os mitos jamais entenderemos, por exemplo, a loucura…

Por isso Dionísius está muito presente na atualidade em que vivemos…

Ainda que um Dionísius muito sombrio…

Pois, a componente ‘mal’ da psique parece que anda à solta por aí…

Afinal, a componente profunda que existe em todos nós…

É que estamos perante a ausência de um elemento fundamental da psique:

- O elemento feminino, que é a Sófia…

Vivemos um período muito sem amor, muito sem compaixão…

Não que Dionísius seja uma figura permanentemente manchada pelo mal…

Muito do Dionísius sadio persiste também, felizmente…

Ai de nós se uma grande parte de Dionísius sadio não permanecesse viva…

Mas, a parte da componente ‘mal’, que existe em todos nós, anda mesmo desvairada…

Temos de aceitar o mal, mas não podemos deixá-lo solto…

A ponto de sufocar as outras componentes da psique que compõem o bem…”


(Inédito)

SERENIDADE DE SER...

 

                                                                                   (Fotografia da Internet)


“Nem tudo o que quero, posso ter…

Por mais forte que seja a dor, nada dura para sempre…

O sofrimento não mata, mas forja-nos o caráter…

E não, a solidão também não mata ninguém…

Ainda que eu prefira semear nas pessoas…

Mesmo que me continuem a tratar mal…

São estes princípios de vida?

Não!

São meu simples modo de Ser…

De viver…

Sendo…

E deixar que o universo flua…

E conspire também a meu favor…”


(In "Hipersent...")

NUNCA TE DEIXAREI CAIR!

 

                                                                 (Fotografia da Internet)


“Sim, a vida, tal como o amor…

Nem sempre são um conto de fadas…

E depois… Eu também não sou um herói…

Mas, serei o que tu quiseres…

E até os teus desacertos serão para mim provas de amor…

Só peço que me fales de todos os teus medos…

Que sussurres sobre os teus desenganos ao meu coração…

Ah! E que tenhamos momentos só nossos…

Não te preocupes, então…

Pois, eu nunca te deixarei cair…

Poderás estar nos teus piores dias…

Ou até nos teus melhores dias…

E nesses, nem te lembrares de mim…

Ainda assim… Eu continuarei a me importar contigo…

Pois só não cuidamos o que não é importante nas nossas vidas…

Pode passar o tempo que for…

Por mais longe que eu esteja…

Eu nunca te deixarei cair…

Anda… Agora sente o meu abraço…

Segura as minhas mãos…

Para quando um dia te sentires cair…

Saberes que estás segura nesta sensação…

E, assim, puderes confiares em mim…

Naquele que nunca te deixará cair…”


(Inédito)

HOMENS MARAVILHOSOS... PRECISAM-SE!

 

                                                                                            ('Post' da Internet)


“Ó mulheres não digam que já não há homens maravilhosos…

Sim, admito não é fácil de os encontrar…

Sobretudo, aquele que entra na vossa vida, disposto a pegar na vossa mão…

E dizer: «vamos eu quero caminhar contigo!»

Mas acreditem, ainda há homens sem más intenções...

Aquele que dá segurança…

E vos faz sentirem-se lindas, inteligentes, sexies…

E também amadas, respeitadas e desejadas...

Aquele que vos dá mais carinho do que problemas…

Aquele que ainda sabe ser cavalheiro e é romântico...

Aquele que vos guarda como um tesouro...

Não? Acham que não?

Ah! Eu cá acho que sim… Que há ainda alguns por aí…

Talvez perdidos, quem sabe…

E se por acaso alguma de vós o encontrar...

Só peço que o valorize e lhe corresponda da mesma maneira…

Assim, talvez se possa dizer que duas almas se reencontraram…”


(Inédito)

30 setembro 2022

SIMBIOSE...

 

                                                                                                       (Fotografia de Luís Borges)


"Como não sentir uma solidariedade amorosa pelo mundo que nos rodeia...

Até mesmo uma certa simbiose...

Afinal...

Tudo é fonte da mesma vontade imanente...

Tudo... Todos...

Somos apenas modos diversos de um mesmo ser...

Que através das suas transformações somam a unidade…

Que momento consolador...

Este de percecionarmos o chão, a erva, o animal...

Como simples moléculas de um todo...

Governados por uma única lei...

Caminhando para o mesmo fim..."


(In "Uma vida... E um par de botas...")

AMAR... ESCUTANDO...

 

                                                             ('Post' da Internet)


“Ah! Que se calem aqueles que falam de mais…

Deixem, antes, distinguir-se aqueles que escutam em silêncio…

É que escutar é como os preliminares do amar…

Como poderemos amar uma pessoa que não sabe ouvir…

Os ‘fala-baratos’ estão condenados à solidão…

E sabem… Fala é ‘falus’, algo que sai…

Algo que se alonga e procura um orifício onde entrar…

No nosso caso, o ouvido…

Sim, podemos dizer que o ato de falar é um ato masculino…

Já o ato de ouvir é mais feminino…

O ouvido é, pois, um vazio que se permite ser penetrado…

Mas que não se confunda…

Não se entenda que o falar é coisa de homem e o ouvir coisa de mulher…

Todos somos simultaneamente um pouco masculinos e um pouco femininos...

Mas… De facto, não há amor que resista à verborreia…”


(Inédito)

ENCONTRO ATÓMICO...

 

                                                                                                                      ('Post' da Internet)


“Olá, como está? Seja muito bem-vindo….

E parabéns…

Estou encantado com o seu sucesso…

É que chegar aqui não é fácil…

Na verdade, devo dizer-lhe que foi um pouco mais difícil do que imagina...

É que para você estar aqui agora a ler-me…

Trilhões de átomos agitados tiveram de reunir-se de uma maneira intrincada…

E providencial a fim de criá-lo…

É uma organização tão especializada e particular que nunca antes foi tentada…

E duplique a parada, pois, foi para os dois…

Mas, lamento dizer-lhe… Só existirá desta vez…

Nos próximos anos (esperamos), estas partículas minúsculas…

Que agora se juntaram todas aqui…

Dedicar-se-ão totalmente aos bilhões de esforços cooperativos necessários…

Para manter-nos intactos e deixar-nos experimentar o estado maravilhoso…

Conhecido como Existência….

Fico, pois, muito grato…

Por se ter decidido a partilhar comigo também a sua experiência atómica…

 Mas saiba uma coisa:

Apesar de toda a nossa atenção, os nossos átomos na verdade nem ligam para nós…

Aliás, eles nem sequer sabem que existimos…

Nem sabem que eles mesmos existem…

São, afinal, partículas insensíveis… E nem estão vivas…

Não passam de um montículo de poeira atómica fina…

Sem nenhum sinal de vida…

Mas, cuidado, pois, durante a sua existência...

Eles responderão a um só impulso dominante:

Fazer com que nós sejamos nós!

A má noticia é que os átomos são muito volúveis…

E o seu tempo de dedicação é bem passageiro…

Mesmo na nossa curta vida humana de apenas cerca de 650 mil horas…

(Sim, vivemos pouco mais que isso)…

E quando este marco modesto for atingido, ou algum outro ponto próximo…

Por motivos desconhecidos, os nossos átomos vão ‘desligar-se’ de nós…

Silenciosamente… Separar-se-ão e passarão a ser outra coisa…

Aí, podemos dizer adeus a esta vida...

E digo-lhe mais:

Mesmo assim, podemos nos dar por muito satisfeitos de que isto chegue a acontecer…

No universo em geral, ao que sabemos, não acontece…

É um facto estranho…

Porque os átomos que tão amigavelmente...

Se reúnem para formar os seres vivos na Terra…

São exatamente os mesmos átomos que se recusam a fazê-lo noutras partes…

Por mais complexa que seja, ao nível químico a vida é curiosamente trivial:

Carbono, hidrogénio, oxigénio e nitrogénio…

Um pouco de cálcio, uma pitada de enxofre…

Umas partículas de outros elementos bem comuns…

Nada que não encontremos na farmácia mais próxima…

E é tudo o que precisamos…

A única coisa especial nos átomos que nos constituem é constituírem-nos a nós…

Ah! Esse é o milagre da vida!

Mas, atenção, quer constituam ou não vida noutros cantos do universo…

Os átomos fazem muitas outras coisas…

Na verdade, fazem todas as outras coisas…

Sem eles, não haveria água, ar ou rochas, nem estrelas e planetas…

Ou qualquer das outras coisas que tornam o universo tão proveitosamente substancial…

Os átomos são tão numerosos e necessários…

Que nos esquecemos facilmente que eles nem precisariam existir…

Nenhuma lei exige que o universo se encha de partículas pequenas de matéria…

Ou produza luz e gravidade...

E as outras propriedades físicas das quais depende a nossa existência…

Na verdade, nem precisaria haver um universo….

Aliás, durante a maior parte do tempo, não existiu…

Não existiram átomos, nem universo pelo qual flutuassem…

Não existia nada… Absolutamente nada por toda a parte!

Portanto, ainda bem que existem os átomos…

Mas o facto de que possuímos átomos...

E de que eles se agrupam de maneira tão prestativa…

É apenas parte do que fez com que nós existíssemos…

Para estarmos aqui agora, vivos no século XXI...

E suficientemente inteligentes para saber disto…

Também tivemos de ser os beneficiários...

De uma cadeia extraordinária de boa sorte biológica…

Pois, a sobrevivência na Terra é ‘algo’ surpreendentemente difícil…

Dos bilhões e bilhões de espécies de seres vivos que existiram desde a aurora do tempo…

A maioria – 99,99% – não está mais aqui…

A vida na Terra, veja bem, além de breve, é desanimadoramente frágil…

Um aspeto curioso de nossa existência...

É provirmos de um planeta exímio em promover a vida…

Mas ainda mais exímio em extingui-la...

A espécie típica na Terra dura apenas uns 4 milhões de anos…

Deste modo, se quiséssemos permanecer aqui por bilhões de anos…

Precisaríamos ser tão volúveis quanto os átomos que nos constituem…

Mas mais… Precisaríamos estar preparados para mudar tudo em nós…

Forma, tamanho, cor, espécie a que pertencemos, tudo!

E fazê-lo vezes sem conta…

Isto é mais fácil falar que de fazer, porque o processo de mudança é aleatório…

Passar do ‘glóbulo atômico primordial protoplásmico’ para um ser humano moderno…

Ereto e consciente, exigiu uma série de mutações…

Criadoras de novos traços, nos momentos certos, por um período longuíssimo…

Portanto, em diferentes épocas dos últimos 3,8 bilhões de anos…

Tivemos momentos de aversão ao oxigênio e depois passámos a adorá-lo…

Desenvolvemos membros e barbatanas dorsais ágeis, pusemos ovos…

Fustigámos o ar com uma língua bifurcada, fomos luzidios, fomos peludos…

E milhões de outras coisas…

Ui! Se nos tivéssemos desviado o mínimo que fosse...

De qualquer destas mudanças evolucionárias…

Poderíamos estar agora a lamber algas nalguma parede de uma caverna…

Ou a espreguiçar-nos como uma morsa em alguma praia pedregosa…

Além da sorte de nos confinarmos, desde tempos imemoriais...

A uma linha evolucionária privilegiada…

Fomos milagrosamente afortunados na nossa ancestralidade pessoal…

Consideremos, por exemplo, o facto de que, por 3,8 bilhões de anos…

Um período maior que a idade das montanhas, dos rios e dos oceanos da Terra…

Cada um dos nossos ancestrais por parte de pai e mãe foi suficientemente atraente…

Para encontrar um parceiro, suficientemente saudável para se reproduzir…

E suficientemente abençoado pelo destino e pelas circunstâncias…

Para viver o tempo necessário para isso…

Nenhum dos nossos ancestrais foi esmagado, devorado, afogado…

Ou desviado de qualquer outra maneira da missão…

De fornecer uma carga minúscula de material genético ao parceiro certo…

No momento certo…

A fim de perpetuar a única sequência possível...

De combinações hereditárias capaz de resultar…

Espantosamente e por um breve tempo… Em nós…

Pois… Então, brindemos ambos a este maravilhoso encontro atómico…

Saúde!

À Existência Eterna (ainda que enquanto poeira atómica)!”


(Inédito)

29 setembro 2022

PÁSSARO DE ASAS CORTADAS...

 

                                                               ('Post' da Internet)


“Quem me dera poder voltar atrás o tempo…

Viver, de novo, outros tempos…

E perceber…

O momento em que me perdi…

Onde me deixei ficar…

Ou…

Voar para o futuro…

E saber se alguma vez me voltarei a encontrar…

Quer do passado, quer do futuro…

Não sei se de lá voltaria…

Aqui…

Hoje, neste presente feito limbo…

Sei que morro lentamente…

Como se estive sequestrado…

Com os olhos vendados…

E os pés atados…

Qual pássaro de asas cortadas…”


(In "Hipersent...")

AS COISAS SIMPLES DA VIDA...

 

                                                                                                             ('Post' da Internet)


“As coisas simples da vida são como aquelas estrelas que brilham no céu...

Elas estão sempre lá oferecendo-nos a sua magia subtil…

No entanto, nem todos os dias paramos para olhar para elas…

Somente quando a vida nos dá um revés…

Subitamente apreciamos do que realmente é formado o nosso coração…

O que constitui cada uma das pequenas coisas da vida...

Que dão, afinal, significado à nossa existência…

Pois, são as coisas simples ​​e discretas que formam o dia a dia da nossa vida…

Onde repousar em dias tempestuosos e onde todas as nossas alegrias fazem sentido…

Alguém disse, quanto mais simples for o nosso modo de vida…

Menos preocupações teremos e menos erros cometeremos...

Mas, a chave de tudo, não é apenas levar uma vida simples…

Mas ser simples em pensamentos e saber o que é importante…

Isso é o que realmente faz o nosso coração feliz e nos identifica…

O que dá, afinal, sentido à nossa vida…

Ah! Sem dúvida, as coisas simples são as maiores coisas da vida!

Ser feliz é fechar os olhos e não querer mais nada…

E, para isso...

Basta deixar de medirmos a felicidade pelo dinheiro que temos ou não temos…

Mas por aquelas coisas simples que jamais mudaríamos por todo o dinheiro do mundo…

O problema com tudo isto é que a vida, às vezes, nos prega partidas…

E, por isso, só nos resta levar uma vida plena e consciente…

Sabendo entender em que momento da nossa vida estamos e sentirmos o presente…

Ou seja, viver o aqui e o agora…

Devemos, também, ser conscientes do que o nosso coração nos diz…

E das necessidades que temos ao nosso redor…

O prazer do simples é uma atitude…

Respirar, amar, ser feliz, aproveitar as coisas simples da vida …

Este é o único urgente, o resto é secundário…

Não hesitemos, pois...

Em praticar esta simplicidade de pensamento e emoções no nosso dia-a-dia…

Porque quando finalmente encontrarmos essa felicidade interior…

Ela durará para sempre em conexão com o nosso verdadeiro eu…”


(Inédito)

28 setembro 2022

Ó MAR!

 

                                                          (Fotografia da Internet)


“Ó mar…

Tu que rebentas as tuas ondas na praia…

Permitindo que elas encontrem a liberdade…

Ah! Deixa-me também eu ser livre…

Fazer das tuas ondas abraços…

E, simplesmente, ser feliz…

Descansar um pouco que seja…

Nas tuas ondas, Ó mar…

E nelas navegar meus sonhos sem rumo…

Perdi a minha vida ao desejá-la tanto…

E tantas coisas fora dela…

Só soube sofrer enquanto o tempo passou…

Agora…

Só preciso mergulhar em ti…

Matar a minha sede com a tua água salgada…

Esquecer…

E…

Quem sabe…

Ganhar forças para recomeçar…”


(In "Hipersent...")

ETERNIDADE...

 

                                                                                         ('Post' da Internet)


“Eternidade…

O universo… A vida…

Já ouvi, inclusive, falar no fogo eterno…

E sim… O amor que trago dentro de mim…

A cada instante se cria a eternidade…

Pois, eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo…

Mas com tamanha intensidade que se petrifica… Na eternidade…

Não florescem sempre as flores?

E os abraços… E o beijar…

Tudo que passou, porque passou…

E o que não passou, pois não aconteceu…

Ah! E os pensamentos… As palavras…

Qual marulho em nós de um oceano eterno…

Eternidade… Miserável eternidade…

Não! Eu não quero ser eterno!

Que os séculos apodreçam e nada reste de mim…

Nem chão, nem sombra…

Talvez apenas o silêncio…

E o tempo…

Como vestígios da eternidade…”


(Inédito)

27 setembro 2022

DOR... APENAS DOR... NO CORAÇÃO...

 

                                                                                                                      ('Post' da Internet)


“Sinto dor, mas não a ausência da dor…

Sinto inquietação, mas não a ausência da inquietação…

O temor, mas não a segurança…

Sinto desejo como quem sente a fome e a sede…

Mas quando fico satisfeito, tudo acaba…

Sim, tive dias muito felizes…

Mas só me recordo deles, depois de darem lugar aos dias de tristeza...

Será que o prazer em mim é proporcional ao meu cada vez maior lamento?

Mas… Se o hábito já não é um prazer…

Porque todo o hábito suprimido me causa um sofrimento doloroso?

O que eu sei…

É que as horas correm tanto mais rápidas quanto mais agradáveis são…

E quanto mais demoradas, mais tristes são…

Ah! O prazer não é perene, não…

Já a dor, essa, queiramos, ou não, faz-se sempre sentir… No coração”


(Inédito)