A POESIA... É DO LEITOR...

“O poeta inspira-se… A poesia nasce… O que fica a faltar? Lerem-me, caros leitores! Leiam-me como se eu fosse o vosso último alimento… Leiam-me como se não houvesse amanhã… Leiam-me e extraiam de mim a vossa derradeira inspiração… Leiam-me como se eu fosse o céu que vos sustenta… Ou, simplesmente… Como se eu fosse apenas um outro alguém… Ainda que sendo eu simples poesia... Leiam-me... Para que eu passe a fazer também parte de vós…”

08 setembro 2022

DA ETERNIDADE DA ALMA...

 

                                                                                              (Fotografia de Luís Borges)


“Ó minh’Alma amada…

Tu que és grande e generosa…

Ensina-me, tu, com razão, a elevar o pensamento para a imensidão…

Mostra-me os limites da tua divindade…

Tua pátria que se estende por todo o universo até aos confins mais distantes…

Teus mares… Tuas terras…

Onde o ar separa e une ao mesmo tempo o mundo dos deuses e dos homens…

Sei que todos os anos são teus…

Pois, não há idade inalcançável ao pensamento…

Mas quando surgir o dia em que se dividirá o que é humano e divino…

Que o meu corpo fique ali mesmo onde for encontrado…

E eu me possa reunir também aos deuses…

Ah! Como é longa esta espera da vida mortal…

Prelúdio para uma outra existência, melhor e mais durável…

Um outro nascimento me aguarda, pois…

Uma outra ordem das coisas…

Mas… Ainda não consigo suportar o céu senão de longe…

Por isso, dá-me coragem para prever a hora decisiva…

Não para ti, mas para o meu corpo…

Deixa-me, então, olhar uma vez mais tudo o que me rodeia…

Pois sei que estou de passagem…

A natureza despoja tanto quem entra quanto quem sai…

Sim… Sei também que não me será permitido levar mais do que tenho…

A até o que trouxe para esta vida ao nascer aqui deverá ser deixado…

Perderei a pele, o mais superficial dos meus envoltórios…

Perderei a carne e o sangue que corre pelo meu corpo…

Perderei os ossos e os nervos…

Tudo aquilo que sustenta as partes informes e flácidas do meu corpo…

Mas sabes, estou ansioso…

É que nesse dia que temo como o último será o do meu nascimento para a eternidade…

Não, não hesitarei…

É como se já estivesse fora deste corpo, no qual permaneci escondido…

Não fui eu também expulso com grande força do corpo de minha mãe?

E ao sair do aconchegante esconderijo do ventre materno...

Não soprou um ar fresco sobre mim?

E, ainda tenro e inexperiente, senti o estupor do desconhecido…

Já não é, pois, novidade para mim apartar-me daquilo de que faço parte…

Abandonarei com serenidade este corpo que por tanto tempo habitei...

Ele será consumido, vai sumir, acabará….

Não tenho porque ficar triste...

Porque haveria de me apegar tanto a estas coisas como se fossem minhas?

Apenas estou coberto por elas…

Ah! Deixa-me desfazer deste invólucro…

E, libertar-me de vez de tudo o que me prende e que não é necessário…

Deixa-me pensar em planos mais altos e mais sublimes…

Para que os segredos da natureza me sejam revelados…

E esta névoa que me encobre seja retirada e seja iluminado por uma brilhante luz…

Nenhuma sombra abalará tal serenidade…

O céu resplandecerá como um todo…

E, então, poderei dizer que vivi nas trevas…

Quando, em toda a plenitude, puder contemplar a totalidade da luz…

Que agora só me é permitido vislumbrar pelas frestas dos meus olhos….

Como será maravilhoso quando perceber que isto que agora me encanta…

Nem de longe se equivale à luz divina que vou poder contemplar…

Por favor, minh’Alma amada…

Faz com que eu possa merecer a tua aprovação…

Prepara-me, pois, para a tua presença futura…

E para que não perca de vista a eternidade…”


(Inédito)

CHEIO... OU VAZIO...

 

                                                                                                              (Fotografia da internet)


“O que é mais valioso:

O cheio ou o vazio?

Muitos já se questionarão:

- Mas que pergunta sem sentido!

E dirão: Todos sabemos que o cheio vale mais que o vazio…

Tanto assim, que o cheio custa dinheiro…

Enquanto o vazio não custa nada…

Ninguém compra o vazio…

Parece, pois, óbvio que o cheio vale mais que o vazio…

Mas será mesmo assim?

Todos nós precisamos de beber…

Mas se quisermos encher o copo, é preciso que o copo esteja vazio…

Sabemos também que os pulmões parecem uma esponja…

São cheios de buraquinhos vazios…

Mas, os buraquinhos têm de estar vazios para que o ar entre neles…

Um pulmão cheio não deixa respirar…

E a nossa casa? Não é também ela um vazio cercado de paredes…

Para isso servem as paredes:

- Para permitir que o vazio seja usado…

Os arquitetos são os artistas que sabem a arte de criar vazios através de paredes...

E as janelas? Também são vazios… Buracos…

Já imaginaram uma casa sem janelas?

A ausência de janelas não faz bem nem aos sentimentos, nem aos pensamentos…

É o vazio entre os nossos olhos e a natureza que nos permite ver a natureza…

É o vazio chamado silêncio que nos permite ouvir a música…

Questionais-me: Porque valorizas tanto o vazio?

 É que para mim, a natureza é o lugar onde o vazio é grande…

A cidade é o lugar onde o vazio é pequeno…

Na cidade olhamos para fora e os olhos logo batem num edifício…

Na cidade as nossas vistas são curtas…

Na natureza, porque o vazio é grande, os olhos veem longe, muito longe:

Os campos, as florestas, as montanhas no horizonte, as estrelas…

Ah! Quando o vazio é grande o mundo cresce…

E na natureza, porque o vazio é grande, a liberdade é grande também…

E depois… O vazio é um bom lugar para brincar…

Se não fosse o vazio do céu, como é que poderíamos lançar um papagaio?

E não é preciso ter cuidado com o trânsito para não sermos atropelados…

No vazio as crianças são mais livres, brincalhonas…

Ah! Mas aquele vazio que eu mais adoro…

É o vazio chamado silêncio…

Silêncio é quando não há ruídos e barulhos…

Na cidade não há o vazio do silêncio…

O ruído ofende os ouvidos….

O que restará da vida se um homem não puder escutar o choro solitário de um pássaro…

Ou o coaxar dos sapos à volta de uma lagoa, à noite…

Já ouviram, por acaso, os sons das folhas das árvores sacudidas pelo vento?

Já ouviram o canto de um pintassilgo no meio da floresta?

E o zumbido das abelhas em busca de flores?

Eu não tenho dúvidas: a vida precisa do vazio!

 Até a lagarta dorme num vazio chamado casulo até se transformar em borboleta…

Um poema precisa do vazio da folha de papel em branco para ser escrito…

Pois, parece que a maioria das pessoas acham o contrário…

Entendem que o bom é ser cheio…

Essas são as pessoas que se acham cheias de verdades e falam sem parar…

Bonitas são as pessoas que falam pouco e sabem escutar…

Essas estão cheias de vazio…

E é no vazio da distância que vive a saudade…

Por isso, repito: a natureza é onde o vazio é grande…

O vazio grande da natureza, com os seus espaços e silêncios…

 De onde saímos e para onde haveremos de voltar…

A cidade é o cheio…

A natureza é o vazio….

Ah! Como eu tenho saudades do vazio da natureza…"


(Inédito)

OLHOS NOS OLHOS...

 

                                                                 (Fotografia de Luís Borges)


"Andamos todos nesta vida efémera por diferentes rumos...

Mas, incrivelmente...

Sempre no mesmo caminho...

Até ao dia...

Em que o tempo nos coloca lado-a-lado...

E aí...

Olhamo-nos olhos nos olhos...

E só, então, percebemos...

Que acabamos de chegar para onde caminhávamos...

Afinal, o destino não era mais do que...

Nos encontrarmos a nós próprios...

Esse lugar maravilhoso...

Nos braços um do outro...

Que só nós conhecíamos desde sempre…"


(In "Uma vida... E um par de botas...")

APENAS PAZ...

 

                                                                                                                         (Fotografia da internet)


“Preciso de paz…

Estou cansado deste mundo cada vez mais confuso…

O pensamento desapareceu da face da terra…

Até os abraços não vão mais além de um aperto de mão…

Os olhares não passam de ténues sombras…

A vida perdeu-se no caminho da vida…

Ah! Preciso de paz!

Uma paz que adormeça a terra…

Que expurgue todas as ideologias…

E o sentido inútil da vida…

Paz… Paz… Paz…

Que cale definitivamente a dor sem fundo da terra…

Do mundo... Dos homens…

E a minha!”


(In "Hipersent...")

PORQUE AMAR O AMOR?

 

                                                                                                      (Fotografia da internet)


“Reduzir o amor entre um homem e uma mulher à beleza exterior…

Ao sexo, ou a meras competências sociais… Ou outras…

É, de facto, deter uma visão muito redutora de amar… Do amor…

O verdadeiro amor só acontece quando nos inspiramos uns nos outros…

Amamos o outro porque ele tira-nos do mundano…

Tira-nos das nossas ‘vidinhas pequeninas’ que teimamos em cair…

Nós somos atraídos uns para os outros…

Porque o outro leva-nos a experienciar esse verdadeiro amor…

O qual, também está fora de nós…

E para alcançarmos esse todo…

Necessitamos de fazer essa viagem acompanhados por alguém…

Só com esse outro poderemos almejar a eternidade…

E experienciar a infinitude do Ser…

E isto é tão fantástico…

Pois só com esta inspiração…

Poderemos alcançar reinos…

Que estão muito para além dos nossos maiores sonhos…”


(In "Amar... O amor...")

TU DECIDES...

 

                                                                                                        (Fotografia de Luís Borges)


"Caminha...

E o mundo caminhará contigo!

Pára...

E o mundo caminhará sem ti!

Simples...

Tu decides!"


(In "A vida é um caminho... E deixa rastros...)

07 setembro 2022

HOMEM RIDÍCULO...

 

                                                                                (Fotografia da internet)


“A humanidade está perdida…

E até enquanto cidadãos somos massacrados neste mundo em que vivemos…

Ou sobrevivemos…

Sinceramente, já não sei se é pesadelo ou realidade…

Talvez não passe, afinal, de mais um torpor na mente de um homem perturbado…

Despoletado pela quotidiana coexistência humana…

Que cada vez exige mais e abre poucas concessões…

O paraíso foi corrompido por uma intervenção externa…

E nada permanece intacto ou invisível aos olhos do mundo, dos homens…

Sim, poderão dizer que estou afetado por uma alta dose de pessimismo…

Mas existem demasiadas forças a interferir na vida de um cidadão comum…

Qual homem ridículo que mendiga uma falsa felicidade e otimismo…

Como foi possível a humanidade chegar até aqui?

Será que a essência do Homem é a maldade?

Ou, simplesmente, existe uma tendência natural no ser humano que o torne mais podre…

E o leve à sua própria aniquilação?

Ah! Deixem-me apenas sonhar…

E transformar o nauseabundo quotidiano em simplificação de preocupações…

Para que queremos nós conhecer a ‘verdade’?

Se a salvação não se dá no estado de vigília…

Sim, sou mais um homem ridículo povoando dois mundos…

E que acabarei morrendo neles…

Maldita socialização inevitável para cada um…

Perdoem-me…

Que a minha desesperança e insanidade não ponham fim à vossa animação…

Voltemos à realidade, sonhando com a perfeição do espírito humano…

E com alguma paz…

Quem sabe, este desejo de que tudo fique bem me faça mais ridículo ainda…

Mas… Basta de ilusão!

De ilusão da liberdade, da farsa da democracia…

Do paradoxo da escolha sugerida, da ilusão do livre arbítrio…

Que me chamem de ‘Homem Ridículo’…

E que mais este sonho desconexo seja fantasioso e sombrio…”


(Inédito)

GRATIDÃO VIDA! QUE ME DÁS TANTO...

                                                                                                                                                                ('Post' da internet)


“Eu agradeço à vida pelo que até hoje me ensinou…

Agradeço por me ensinar a sentir a minha vulnerabilidade…

Agradeço por me ensinar a olhar a frustração que às vezes me assalta…

E ao mesmo tempo me abala para me reinventar e recomeçar...

Agradeço por me tirar lentamente as máscaras que eu fui colocando…

Até chegar ao ponto de não mais me reconhecer...

Agradeço por me mostrar essa sombra maravilhosa...

Que por muitos anos fugi com medo de enfrentá-la....

Agradeço por me mostrar que ao curar-me a mim mesmo...

Curo o meu entorno…

Agradeço por me mostrar que quando me conecto a mim mesmo...

Conecto-me com os meus semelhantes…

Agradeço por me lembrar que o perdão é uma chave universal…

Gratidão Vida!

Não te vás embora…

Que ainda tenho muitos sonhos por realizar…

Pessoas para conhecer…

Lugares para visitar…

Experiências para transcender…

Ah! Tantas, tantas coisas para descobrir...

E tanto amor, para dar…

Eu te agradeço Vida…

Por me teres ensinado a agradecer tudo o que tenho…”


(Inédito)

06 setembro 2022

O BELO ESTÁ NA MENTE DE CADA UM...

 

                                                          ('Post' da internet)


“Quando falamos sobre algo que nos transporta…

Algo sublime, que nos domina, que nos faz sentir pequenos…

Depreende-se que estamos a falar de beleza…

Parece, pois, evidente que estamos perante o belo…

Que é inerente ao que se ouve ou se vê...

Mas não é assim…

O belo não existe no mundo em que vivemos…

Não reside em nada do que nos cerca…

Só existe mesmo na mente dos seres humanos…

É um prodígio do cérebro humano…

O mundo não possui nenhuma beleza…

O belo não é uma característica dele…

Noutros tempos… Pensava-se que a beleza era um atributo…

Imanente às coisas do mundo ou constituinte da obra artística criada…

A beleza tinha a sua existência em si mesma…

No objeto ou nos estímulos sensoriais externos…

E a pessoa era apenas um sujeito passivo, contemplativo…

Ou melhor, a beleza era objetiva…

Com uma presença externa e eterna no mundo…

Mas hoje não, pelo contrário…

Hoje a beleza é algo subjetivo, criado pelo ser humano…

E que não está fora, no mundo sensorial…

Hoje entendemos que a beleza é criada pelo ser humano…

Depois de observar e perceber certas características do objeto que ele contempla…

A beleza é, na verdade, uma construção mental…

Composta de perceções, emoções, sentimentos e conhecimento…

No centro da nossa experiência de beleza está esse algo mais emocional…

Que nasce daquilo que percebemos…

Mas, precisamente por ser uma emoção produzida no cérebro profundo…

Onde se depositam as memórias mais íntimas e pessoais em cada ser humano…

Nem todos percebem o belo da mesma maneira ou nas mesmas coisas…

Além disso, é aquela emoção que faz com que cada um, cada ser humano…

Experimente a sua própria beleza, única e diferente de qualquer outra…

A apreciação da beleza é, de facto, em grande parte, produto da experiência pessoal…

E da própria educação recebida…

Tudo isso faz com que a beleza seja percebida de modo tão diverso...

E por tantas pessoas diferentes…

A emoção que subjaz à apreciação da beleza…

É aquela que se expressa no prazer diante do que se vê ou se ouve…

O prazer, como expressão emocional inconsciente…

É o componente básico na apreciação do belo…

Mas não o prazer relacionado aos prazeres básicos…

Aqueles que sustentam a sobrevivência do indivíduo…

Nem com os prazeres do desejo…

Que consumados pontualmente nos empurram sem razão…

O prazer, o deleite referido à beleza…

É conseguido pelos ingredientes neuronais...

Adicionados no cérebro àqueles outros mais básicos…

São prazeres gerados em parte pela cultura em que vivemos…

E além do cérebro emocional e da sua atividade primitiva…

São prazeres que surgem de uma interação muito próxima…

Entre o córtex cerebral humano e o cérebro emocional…

Por isso, nenhum animal os possui…

Dessa interação nasce a consciência, a compreensão, o entendimento, a razão humana…

E é neste último, na interação com as coisas do mundo – a perceção…

Que se produz o conhecimento, o outro ingrediente básico para a perceção do belo…

O belo é, pois, na sua essência, prazer e conhecimento…

E, neste último…

A capacidade cognitiva de perceber a ordem, a proporcionalidade, a simetria…

A clara delimitação do que é percebido…

E tudo isto tem muito a ver com a educação recebida…

E com a cultura em que nascemos e vivemos…

A arte e com ela a beleza são, pois, uma verdade subjetiva para cada um de nós…

Sem dúvida…

A beleza é um fenómeno cerebral que mudou o mundo dos seres humanos…

E as mitologias e verdades vivas de cada sociedade, cultura ou nação…

A beleza, que não existe no mundo…

É talvez um dos grandes prodígios criados pelo cérebro humano…”


(Inédito)

O OVO... OU A GALINHA...

 

                                                                                 ('Post' da internet)

“O ovo não tem um si-mesmo…

Individualmente ele não existe…

Só quem vê o mundo, vê o ovo…

Pois, como o mundo, o ovo é óbvio…

Apesar disso...

Eu cá, tomo o maior cuidado em não entendê-lo…

Creio até, que é impossível entendê-lo…

Se o entendermos é porque estamos equivocados…

É que entender é a prova do erro…

Entendê-lo não é, pois, o modo de vê-lo…

O que não sabemos do ovo é o que realmente importa…

O que não sabemos do ovo dá-nos o ovo propriamente dito…

Quem se aprofunda num ovo…

Quem vê mais do que a superfície do ovo…

É porque quer outra coisa: está com fome…

E depois…

O ovo é a alma da galinha…

Para que o ovo atravesse os tempos a galinha precisa existir…

E com o tempo, o ovo tornou-se um ovo de galinha…

Mas, note-se:

Deve-se dizer «o ovo da galinha»…

Se se disser apenas «o ovo», esgota-se o assunto…

Mas… E a galinha?

O ovo é o grande sacrifício da galinha…

O ovo é a cruz que a galinha carrega na vida…

O ovo é o sonho inatingível da galinha…

Ser uma galinha é a sobrevivência da galinha…

Pois, sobreviver é a salvação…

Então, o que a galinha faz é estar permanentemente sobrevivendo…

E desse modo, a galinha luta contra a vida que é mortal…

Ser uma galinha é isso…

Mas é necessário que a galinha não saiba que tem um ovo…

Senão ela se salvaria como galinha, mas perderia o ovo…

Para que o ovo use a galinha é que a galinha existe…

Quanto à questão primordial…

Quem veio primeiro…

Simples, foi o ovo que encontrou a galinha…

A galinha é apenas uma escolhida…

A galinha vive como num sonho…

Não tem senso da realidade…

O mal desconhecido da galinha é o ovo….

Ela não sabe explicar-se…

Sabe que o erro está em si mesma…

Por isso ela chama de erro à sua vida…

E prefere cacarejar o dia inteiro…

Comecei a falar da galinha e já falei de mais da galinha…

Mas ainda estou a falar do ovo…

E percebo que não entendo o ovo…

Só entendo de ovo quebrado: quebro-o na frigideira…

É deste modo indireto que me confronto com a existência do ovo…

E… Quando pegamos num ovo e quebramos a casca e a forma…

A partir deste instante exato o ovo deixa de existir…”


(Inédito)

UMA OUTRA RECEITA MÉDICA... PARA A ALMA...

 

                                                                              ('Post' da internet)

“Não somos, naturalmente, profissionais da área da saúde…

Para vos aconselhar o que quer que seja…

Somos apenas um Ser Humano que tudo faz para sair da ‘mente quadrada’ (*)…

E aceder, sempre que possível, à ‘mente superior’…

E aí, as ’informações’ são outras…

Não ‘superiores’, nem inferiores…

Apenas uma outra ‘perspetiva’ que consideramos pertinente…

Quantas vezes já ouvimos falar em somatização da doença…

Pois, cada vez mais, seria importante…

Ao averiguarmos as causas de muitos dos nossos ‘problemas’…

Enquanto Seres Humanos…

Irmos mais a montante…

E a montante do nosso corpo físico está a Alma…

Assim, da próxima vez que o seu corpo enfraquecer ou adoecer…

Dê-se a oportunidade de fazer (também) um outro ‘diagnóstico’…

Pois…

A doença é (também) um conflito entre a personalidade e a alma…

Percebam, então… Esta outra ‘perspetiva’:

- O resfriado ocorre quando o corpo não chora…

- A dor de garganta surge quando não é possível comunicar as aflições…

- O estômago arde quando as raivas não conseguem sair...

- O diabetes invade quando a solidão dói…

- O corpo engorda quando a insatisfação aperta...

- A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam…

- O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar…

- A alergia aparece quando o perfecionismo fica intolerável…

- As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas…

- O peito aperta quando o orgulho escraviza…

- A pressão arterial sobe quando o medo aprisiona…

- As neuroses paralisam quando a ‘criança interna’ tiraniza...

- A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade...

- Os joelhos doem quando o orgulho não se dobra…

- O cancro desenvolve-se quando não se perdoa e/ou nos cansamos de viver…

E as dores caladas?

Como falam no nosso corpo?

A doença não é má em si mesma…

Ela apenas nos avisa quando estamos caminhando na direção errada…"

 

Nota: Se por acaso sentir-se fraco, ou doente...

Releia este ‘diagnóstico’…

E sim! Recomendamos consultar (também) um médico…

 

(*) P.f., ver ‘mente septenária’…