A POESIA... É DO LEITOR...

“O poeta inspira-se… A poesia nasce… O que fica a faltar? Lerem-me, caros leitores! Leiam-me como se eu fosse o vosso último alimento… Leiam-me como se não houvesse amanhã… Leiam-me e extraiam de mim a vossa derradeira inspiração… Leiam-me como se eu fosse o céu que vos sustenta… Ou, simplesmente… Como se eu fosse apenas um outro alguém… Ainda que sendo eu simples poesia... Leiam-me... Para que eu passe a fazer também parte de vós…”

30 novembro 2022

NADA, NEM NINGUÉM NOS OBRIGA A FICAR…

 

                                                             Fotografia da Internet)


“Não é fácil ignorar o que deve ser ignorado…

E dar atenção apenas ao que nos acrescenta…

Temos uma tendência inexplicável em nos focarmos no que é mau…

Como se o que não dá certo apague tudo o que foi bom nas nossas vidas…

Amigos… Se quisermos viver melhor, temos que mudar…

Pois, quando mudamos, o mundo muda à nossa volta…

E, quando se trata do fim de um relacionamento…

Os olhares alheios são ainda mais carregados de julgamentos…

Ainda nos dias que correm, existe quem entenda que é preciso fazer sacrifícios…

Para manter um relacionamento, em favor de qualquer outra coisa…

Que não seja o marido ou a esposa…

Como se fosse uma falha irreversível não dar certo na vida a dois…

Como se fôssemos obrigados a manter um relacionamento falido…

Porque a sociedade assim o quer…

Não! Um filho não segura um casamento…

O dinheiro não segura um casamento…

Nada segura um casamento!

A não ser a vontade de amar todos os dias a mesma pessoa…

Se passou essa vontade, o casamento já acabou…

Não é egoísmo pensarmos em nós mesmos…

Quando se trata de sobreviver, de querer amar e ser amado de volta…

De querer ser feliz…

Não é tragédia nenhuma alguém se separar…

Tragédia é manter um relacionamento vazio e infeliz…

Tragédia é deixar de viver o que se é…

Para agradar a todas aquelas pessoas que não vivem a nossa história…

Ah! Ignoremos e sigamos o nosso caminho!

Vamos mas é ser felizes!”


(In "O amor... Sempre o amor...")

É HORA DE PENDURAR OS PÉS…

 

                                                           (Fotografia da Internet)


“Aquilo em que acreditamos...

Acabamos por carregar…

E tudo o que carregamos...

Pesa-nos nas costas…

Mas, mais ainda, na mente e no coração…

Atrasando o nosso percurso experiencial…

E o que nos pesa...

Afunda-nos…

E passa a ser âncora enterrada no chão…

Ah! Há que soltar, descrer...

Aliviar, afinal, tanta carga inútil…

Que nos prendem ao mesmo lugar…

Uff! Estou muito cansado…

De caminhar… De acreditar… De carregar…

É, pois, hora de descansar…

Perdoem...

Mas vou ter de pendurar os meus pés!”


(In "Crónicas Mundanas...")

29 novembro 2022

FAZER AMOR COM ALMA...

 

                                                                                                                  (Fotografia da Internet)


"Vamos fazer amor, meu amor...

Vamos olhar-nos devagar...

Descobrir-nos num sentimento ímpar...

Vamos apenas olhar um para o outro…

E conversar até esgotarmos as palavras...

E atingir o clímax do instante em que podemos finalmente tocar-nos…

Tocar-nos até sentirmos a alma um do outro...

É que o amor verdadeiro é sobre sentirmos as nossas almas...

Deixa-me, pois, acariciar a tua alma…

Para sentir o teu espírito e inalar a tua essência...

Até que sintamos que somos apenas um...

Neste tempo, neste espaço...

Sabes, meu amor...

A isto sim, eu chamo fazer amor com alma!"


(In "O amor... Sempre o amor...")

CAMINHAR NO SILÊNCIO…

 

                                                                         (Fotografia da Internet)


“O silêncio é uma espécie de oposição ao ruído…

Sobretudo, nos dias em que vivemos…

Pois, grande parte da nossa relação com o ruído procede da influência tecnológica…

Esta circunstância veio incorporar-se às que já existiam antes…

Como hábitos contrários ao silêncio…

Neste contexto, o silêncio implica uma forma de resistência…

Uma maneira de manter a salvo uma dimensão interior frente às agressões externas…

O silêncio permite-nos ser conscientes da conexão...

Que mantemos com esse espaço interior…

O silêncio a visibiliza, enquanto o ruído a esconde…

O silêncio é, pois, a expressão mais verdadeira e efetiva das coisas inomináveis…

E a tomada de consciência…

De que há determinadas experiências para as quais a linguagem não serve…

Ou que a linguagem não alcança…

É um traço decisivo do conhecimento…

A sabedoria dirige-se a compreender o que não se pode dizer…

O que transcende a linguagem…

Podemos utilizar o silêncio para nos conhecermos melhor...

Para nos distanciarmos do ruído…

E este é um valor a reivindicar no presente…

E isso implica começarmos por desconstruir a nossa personalidade…

Através de uma disciplina, de um exercitar-nos no silêncio…

Precisamos abrir na nossa rotina diária espaços para o silêncio, para meditar…

Para nos encontrarmos connosco mesmos…

E com a disciplina adequada, esses espaços serão cada vez maiores…

Mas, uma outra forma de o fazer, de cultivar o silêncio, é caminhar…

Pois, caminhar é uma forma de tomar consciência de si…

De reparar no próprio corpo, na respiração, no silêncio interior…

E depois…

Caminhar permite-nos contemplar em simultâneo o mundo…”


(In "Crónicas Mundanas...")

28 novembro 2022

TODO O HOMEM PROCURA UMA MULHER…

 

                                                                (Fotografia da Internet)


“Qual é o Homem que não anceia por uma verdadeira companheira para a vida?

Sim… Uma Amiga… Uma Mulher…

Admitamos…

Todos já tivemos as nossas aventuras…

Mas chega sempre um momento na vida…

Em que não queremos ter mais um relacionamento…

Cujo o único tempero seja a paixão desenfreada…

Em que não procuramos apenas um rosto bonito com um corpo escultural…

Especialmente aqueles carecidos de sentimentos...

Chega um momento em que…

Queremos uma Mulher que não se incomode que a vejamos despenteada…

E que não tenha vergonha de se mostrar nua (em todos os sentidos) sempre…

Independente das marcas que a vida esculpiu no seu corpo/Ser através dos anos…

Queremos uma Mulher que saiba vestir a sua melhor roupa…

Mas que não tenha medo de sujar as mãos ou de quebrar uma unha…

Queremos uma Mulher simples, natural, autêntica, sincera, leal…

Sem fazer diferenças de raça, religião ou idade…

Não a queremos ambígua, antes muito segura de si mesma…

Com caráter forte, mas sem arrogância…

Queremo-la doce e amorosa, mas jamais débil ou submissa…

Mas, para tal…

Não nos esqueçamos, nós Homens, de também sermos Homens…

Homens que afirmam com as suas ações tudo o que falam...

Homens que sempre assumam as suas responsabilidades…

E jamais fazermos promessas que não possamos cumprir…

Sermos um bom companheiro e amante dos detalhes…

Sim…

Sermos românticos e cavalheiros à moda antiga…

Assumindo atitudes simples, ainda que hoje pareçam ridículas…

Homens…

Não busquemos, pois, a perfeição das coisas…

Mas sim a simplicidade dos detalhes…

Somos, afinal, apenas mais um Homem que procura uma Mulher…

Eu, pelo menos, assumo-me como tal…

E nos momentos em que não a procuro…

Fico aqui escrevendo palavras em forma de poemas…

Que solto ao vento…

Na esperança que um dia destes…

As mesmas encontrem essa Mulher que hoje tanto procuramos…

Entretanto…

Eu cá, já a amo!”


(In "O amor... Sempre o amor...")

PENSAR… OU, SIMPLESMENTE, VIVER…

 

                                                                                                                  (Fotografia da Internet)


“Pensar é ir além de todos os limites…

Reinventar-nos a nós mesmos…

Desenterrar-nos da poeira da banalidade…

E deixar de fingir que continuamos vivos…

Aniquilar a futilidade… E o comodismo…

Ter a coragem de mergulhar…

E ver o que acontece…

E em vez de esvaziarmos a vida…

Renová-la a cada pensamento…

Momento a momento…

Tocar… Perceber…

Conhecer um pouco mais quem somos…

E derrubar os falsos ‘clichés motivacionais:

«Pare para pensar…»

Ah! Nem pensar!

Parar… É morrer…

E não há pensamento que pare…

Sem ser programado…

Ninguém pára para pensar…

São, de facto, mil as possibilidades…

E para cada interrogação…

Outras tantas escolhas…

Mas, caminhos se abrirão…

E quantos jardins de promessas…

O importante é irmos além da cerca…

Tirar a máscara… E reavaliar-se!

Sim, é preciso coragem…

Pois pensar é transgredir…

Sobretudo, a ordem do superficial que nos aprisiona…

E não… Não nos deixemos atordoar pelas outras mil distrações…

E deixemos, também, de ser meros executores de tarefas…

Questionemos…

Questionemos tudo… E todos…

Quem somos…

O que queremos da vida…

Os nossos amores…

Até o sonhar…

Mas ao sonhar, sonhemos como quem sonha a vida…

E não tenhamos qualquer receio de enfrentar a alma no espelho…

Aprendamos a sair de nós mesmos…

E, serenamente…

Olhemos, também, o nosso entorno…

Pois somos inquilinos de algo bem maior…

Maior do que os nossos próprios segredos…

Se nos escondermos no canto escuro da nossa mente…

Abafaremos os nossos questionamentos…

E deixaremos de escutar o rumor da brisa que corre no mundo…

É que o mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar…

E o nosso pensar é que lhe atribui identidade…

É aqui que poderemos ter alguma ordem…

E até tocar ao de leve o tempo…

E aí… Viver, ou morrer, será apenas recriar…

Recriar-nos…

A vida não é, afinal, apenas para ser vivida…

Antes, para ser construída…

Pensando… Pensando-a… Pensando-nos…

Afinal, viver de verdade…

Pensando e repensando a nossa própria existência…

Só assim vale a pena…

Escapar, na liberdade do pensamento…

Lutar obstinadamente contra a maré que nos tenta formatar…

Ou programar…

Seja lá o que for…

Sabem…

Pode aparentar ser difícil…

Mas é de uma assustadora simplicidade…

E não existe outro caminho…

Vamos pensar nisso?”


(In "Crónicas Mundanas...")

25 novembro 2022

TERRA DO AMOR...

 

                                                                           (Fotografia da Internet)


“Eu vivo na terra do amor….

Os meus olhos são sementes…

E as minhas lágrimas a água que aduba a terra…

Quem sabe nesta terra nasçam flores…

Ou apenas poemas que falem de amor…

Ah! O amor…

A vida oferece-nos muitas escolhas…

Mas eu escolhi amar… O amor…

E foi uma revolução e tanto…

Eu que nem sequer sabia semear…

Hoje sou um ‘expert’ na arte de colher…

Será isto amar ou apenas sonhar?

Seja, o que for…

A escolha foi minha…

E tirou-me de uma obscura solidão…

E enquanto amo…

Escrevo… Até poemas escrevo…

E fá-lo-ei todos os dias, uma e outra vez…

Só para ti… Tu que me lês…”


(In "O amor.... Sempre o amor...")

PALAVRAS...

 

                                                                                                               (Fotografia da Internet)


“As palavras gastam-se como pedras de rio…

Mudam de forma e significado, de lugar…

Algumas desaparecem, vão ser lama de leito das águas…

Podem até reaparecer renovadas mais adiante…

Mas, infelizmente, face aos tempos de vulgarização que vivemos…

As palavras também se banalizaram…

Hoje vivemos na era do ‘fast food’, do ‘prêt-à-porter’…

É só meter no micro-ondas, fácil e rápido…

Ainda assim, eu apaixonei-me pelas palavras…

Não sei se por encantamento, se por mais uma ilusão…

Sei o quanto algumas se contaminam pelo uso…

E se tornam agressivas ou contraditórias…

Têm ares de ironia ou de ingenuidade….

Muitas até se tornam confusas e ineficientes…

E prestam-se a mal-entendidos ou clareiam mais o significado…

Conheço um pouco o modo como se apoderam das nossas experiências…

E lhes dão rostos, roupas, ares que nem tínhamos imaginado…

Ah! E adoro as palavras desconcertantes!

Os seus contornos imprecisos permitem que exerçamos o direito de refletir…

E de criar em cima delas….

Mas, algumas palavras e circunstâncias inquietam-me…

Pois, muitas revestem as transformações do nosso tempo…

Mudança de padrões de comportamento, progresso e avanço…

Mas também sombra e estéril angústia, qual desperdício…

E como sou um sonhador…

Refugio-me naquelas que têm a ver com ideais que só raramente atingimos…”


(In "Crónicas Mundanas...")

24 novembro 2022

SHIZUKA...

 

                                                                                                                           ('Post' da Internet)


“Se és oriental…

Não me importa…

Sei apenas que és linda… És bela…

E que o teu perfume alegra o próprio ar…

A delicadeza define o teu ser…

Os teus olhos amendoados…

E traços finos tecidos em porcelana…

Atraem todos os olhares…

Mas sei também que és muito mais…

Mas, por ora, contento-me em venerar a tua beleza exótica…

Mulher de contornos moderados…

Boca fina, cabelos naturais alisados…

De quem ama a discrição e tem postura fleumática…

E se compraz com doces seduções…

Mas, sendo oriental ou não…

Antes… Muito antes és Mulher…

Que a divina natureza pariu…

A mais linda obra prima que alguém já viu…”


(In "O amor... Sempre o amor...")

A NÓS HOMENS… OS SUPOSTAMENTE E EXIGIVELMENTE FORTES…

 

                                                                                                                  (Fotografia da Internet)


“A nós homens, ninguém nos pergunta como estamos…

Como foi o nosso dia…

Se nos sentimos bem…

Se desejamos conversar um pouco…

Se precisamos do nosso espaço por um momento para ficarmos a sós…

Afinal. nós homens, também desejamos ser admirados, valorizados…

Respeitados e reconhecidos por uma mulher…

Quantas vezes em silêncio guardamos as nossas tristezas…

As nossas inseguranças, as nossas frustrações e inquietações…

Sim, os nossos erros e, inclusive, os nossos medos…

Quantos de nós somos máquinas de trabalho quotidianas…

Em que ninguém vê o esforço, os sacrifícios…

A intrepidez que buscamos para dar o nosso melhor ao lar, aos filhos…

É que dar segurança, comprometimento, pagar contas…

Isso não é ‘coisa’ exclusiva de Homem…

E depois…

Ainda temos de controlar as nossas emoções…

Não, um homem não chora!

Temos de ser eternamente corajosos…

É que nós somos os fortes…

Ah! Quantas desilusões trazemos nos nossos peitos apertados…

Somos Homens, de facto…

Mas também sentimos... Também precisamos de um aconchego…

Assumamos…

Quantas vezes precisamos de uma mão que nos segure…

De um ombro que nos permita chorar e poder desabafar…

Um abraço, um... Amo-te…

Também nos cai bem…

Digam lá, Homens?

Nós não somos esse ’cliché’ de macho duro, que tudo resolve…

Que o tempo enrijece…

Nós também somos seres emocionais…

Que necessitamos expressar o que corre dentro de nós…

Somos sensíveis, desejamos ser aceites, desejamos ser amados…

Muito para além de respeitados…

Ah! Que bom é receber um carinho, um mimo…

É que tal como uma mulher…

Nós também temos um coração…

Que ama, sofre…

E precisa de afeto!”


(In "Crónicas Mundanas...")

23 novembro 2022

SERÁ AMOR?

 

                                                                                   (Fotografia da Internet)


“Quantas vezes nos questionamos…

Se o que sentimos por outra pessoa é amor, ou não?

Se tiverem dúvidas, saibam perceber…

Se é amor, é descanso…

Um abrigo… Um conforto…

Uma porta aberta que nos convida a chegar mais perto…

Uma lembrança que nos acompanha…

Sim, pode ser como uma nuvem passageira…

Mas, por vezes é mais forte que o aço…

E para alguns… O amor é tudo!

No meu caso… Ah! Um modo profundo de sentir…

E se eu viver para sempre…

E o meu maior sonho se tornar realidade…

Todas as minhas lembranças do amor…

Serão sobre ti…”


(In "O amor... Sempre o amor...")

JE SUIS CHRIST!

 

                                                                               ('Post' da Internet)


"Por mais que lesse as escrituras...

Jamais consegui entender Jesus através delas...

Muito menos por ter frequentado as igrejas...

O único sítio onde, de facto, O encontrei...

Foi dentro de mim mesmo!

Foi aí que encontrei a verdadeira Consciência Crística...

E hoje... Hoje confesso...

A única maneira de entender verdadeiramente Cristo...

Foi tornar-me um Cristo!

Não, não sou cristão...

Sou Cristo!

E quando descobrimos Cristo dentro de nós...

Não precisamos mais de quaisquer escrituras...

Nem de templos exteriores a nós...

Apenas precisamos estar (cons)cientes do nosso Ser...

Conhecer-nos a nós mesmos...

Sim, o nosso 'Eu Superior'...

E é também aí que percebemos que nunca pecámos...

Como insistiram todos os sacerdotes...

O pecado foi apenas mais uma invenção para criar culpa em nós...

Nós não precisamos de salvação...

Tudo o que precisamos é de vibrar em sintonia com o Universo...

Vibrar em sintonia com a Energia Primordial...

O Amor Ético que Jesus nos ensinou!

Só assim, poderemos considerar-nos verdadeiramente 'despertos'...

E quando acordados...

Quiçá possamos abalar aqueles que continuam a dormir profundamente...

Ah! Deixemos de uma vez por toda essa ideia de culpa...

Essa ideia de pecado, essa ideia de arrependimento...

A Humanidade precisa é de inocência...

Lembrem-se...

Os que nos inculcaram todas aquelas ideias...

Foram as mesmas pessoas que crucificaram Jesus...

Como podem eles, pois, compreender Jesus?

Que sabem eles de Consciência Crística?

Afinal, eles sempre foram contra Jesus...

E a maior ironia...

É que eles tornaram-se os 'intérpretes' dos seus ensinamentos...

Por isso... Por tudo isso...

Eu hoje afirmo:

«Je suis Christ!»"


(In "Crónicas Mundanas...")