('Post' da Internet)
“«Amo-te!» – Disse o Principezinho...
«Eu
também te quero!» - disse a Rosa…
«Não
é o mesmo!» – Respondeu ele...
Querer
é possuir algo... De alguém...
É
procurar nos outros aquilo que nos enche as expectativas…
Querer
é tornar nosso... O que não nos pertence...
É
assumirmo-nos como donos... Ou desejarmos algo para nos completarmos...
Porque
em algum ponto de nós mesmos reconhecemo-nos carentes...
Querer
é apegar-se as coisas e as pessoas desde as nossas próprias necessidades...
Então...
Quando não temos reciprocidade... Sobressai apenas sofrimento...
Quando
o ‘bem’ querido não nos corresponde...
Sentimo-nos
frustrados e dececionados...
Cada
ser humano é um Universo...
Por
isso... Amar é desejar o melhor para o outro…
Ainda
que tenhamos motivações muito diferentes…
Amar
é permitir que o outro seja feliz…
Ainda
que os nossos caminhos sejam antagónicos…
Amar
é um sentimento desinteressado... Que nasce no dar-se…
Dar-se
por completo desde o coração...
Assim...
O amor jamais será causa de sofrimento….
Quando
alguém diz que sofreu por amor...
Na
realidade sofreu por querer... Não por amar...
Sofremos
pelo apego...
Se
realmente amamos… Não podemos sofrer, pois nada esperamos do outro...
Quando
amamos, entregamo-nos sem pedir nada em troca…
Apenas
pelo simples prazer de dar…
Mas
só podemos amar o que conhecemos…
Porque
amar, implica tirar do vazio, confiar a vida e a alma...
E a
alma não se pode indemnizar…
E
conhecer-se é, justamente, saber do outro, das suas alegrias, da sua paz...
Mas,
também dos seus ‘defeitos’, das suas ‘lutas’, dos seus ‘erros’....
Porque
o amor transcende tudo isso...
Não
é apenas para os momentos de alegria...
Amar
é a confiança plena de que aconteça o que acontecer... Vamos estar...
Não
porque o outro nos deva alguma coisa... Não com possessão egoísta…
Mas
antes, estar em companhia silenciosa...
Amar
é saber que o tempo não passa...
Amar
é partilhar um lugar no nosso coração...
E…
Dar amor…
Incrivelmente
não se esgota...
Bem
pelo contrario... O amor aumenta ainda mais...
«Já
entendi» - Disse a Rosa...
«Não,
não o entendas… VIVE-LO!» - disse o Principezinho...”
(In "O amor... Sempre o amor...")
Nota: Texto
escrito a partir da obra de Antoine de Saint-Exupéry “O Principezinho”