A POESIA... É DO LEITOR...

“O poeta inspira-se… A poesia nasce… O que fica a faltar? Lerem-me, caros leitores! Leiam-me como se eu fosse o vosso último alimento… Leiam-me como se não houvesse amanhã… Leiam-me e extraiam de mim a vossa derradeira inspiração… Leiam-me como se eu fosse o céu que vos sustenta… Ou, simplesmente… Como se eu fosse apenas um outro alguém… Ainda que sendo eu simples poesia... Leiam-me... Para que eu passe a fazer também parte de vós…”

06 janeiro 2023

TUDO TEM UM PORQUÊ DE SER…

 

                                                                                                                         ('Post' da Internet)


"Não soframos por antecipação...

Esperemos para ver...

Confiemos...

Pois, venha o que vier...

Nós lá estaremos para resolver...

Confiemos...

Sobretudo no que sentimos...

E depois...

Tudo se resolve também...

Se não formos nós...

O Universo se encarregará de o fazer...

É que tudo tem um porquê de ser...

E mais não seja...

Nos fará crescer..."


(In "Crónicas Mundanas...")

02 janeiro 2023

CAMINHAR COM AMOR… TAMBÉM NOS MEUS PASSOS…

 


“Agora que reencontrei o meu caminho…

Mais coragem tenho para continuar a caminhar…

Ainda que tenha de dar passos errados…

Ah! Que eu tenha mais esperança nos meus passos do que tristeza nos meus ombros…

Mas, assumo…

Parece que me perdi no propósito dos meus passos…

Sim, muitos foram passos em vão…

Por isso, hoje vou fazer de cada passo um propósito em si mesmo…

Pois sei que isso me levará mais diante…

Até de mim mesmo…

E vou fazê-lo, a partir de agora, sem angústia e sem pressas…

E os passos que der…

Nesse caminho desafiante do porvir, dá-los-ei em liberdade…

Afinal, não é o ritmo, nem os passos que fazem a dança…

Mas a paixão que vai na alma de quem dança…

Pois, então… Vou continuar a caminhar com simplicidade…

E levar apenas amor nos meus passos…”


(In "O amor... Sempre o amor...")


Nota: Dedicado à M.J.

01 janeiro 2023

TEMPO...

 

                                                                                   ('Post' da Internet)


“Deixámo-nos enredar pela perceção física de que a existência passa…

Chamamos-lhe… Tempo...

E deliciamo-nos com a sua ciclicidade…

Fragmentamo-lo…

Pois isso… Abre-nos possibilidades…

Há sempre uma possibilidade… Mais uma possibilidade…

Ah! Abrem-se novas esperanças...

Mas tudo continua igual… Na realidade…

É só mais um dia… Depois do outro... E mais outro…

É que isto de um período de tempo… Para o tempo começar e acabar…

Dá-nos uma perspetiva psicológica…

Como que nos dá forças para continuarmos a viver…

Novos recomeços…

Novos objetivos… Ainda que apenas reciclados…

 “Ora… Este ano vou deixar de fumar… Este ano vou emagrecer…

Este ano vou concluir aquele projeto…”

Mas, questiono-vos:

Vocês já fizeram alguma vez essa listagem… Do provir…

E depois aferiram os resultados?

Creio que todos sabemos o resultado: não deu em nada!

Pois… É que a maioria das nossas promessas de fim de ano são… Apenas…

Fruto das frustrações ou dos nossos temores…

Dos sentimentos de culpa que interiorizamos por aquilo que não realizamos...

São promessas vazias… Apenas… Desejos de mudança...

Falta-lhes… Comprometimento… Atitude!

Eu cá… Também fiz sempre os meus planos de vida para o ano novo…

Mas… O raio da lista de fim de ano não funciona mesmo…

Pois ela implica, acima de tudo, mudança de hábitos...

Ainda que exista um motivo acrescido para a auto-transformação…

Esta só acontece, efetivamente…

Se alavancarmos as mudanças hoje, agora, no tempo presente...

Sempre que dissermos: “amanhã eu faço…”

Estamos simplesmente a adiar indeterminadamente…

A conclusão da nossa transformação…

Pois… Amanhã é tempo infinito…

Claro que toda a transformação começa no desejo pela mudança…

Mas só se realiza com a sua efetiva concretização!

Enfim… Mais um ano terminou… E outro que está aí no nosso horizonte...

31 de dezembro… 1 de janeiro… Apenas mais um dia que passa e outro que nasce...

Mas como insistimos em procurar sentidos para as nossas vidas…

Atribuímos um sentido especial a este momento: recomeçar…

Ah! Deixemo-nos disso!

31 de dezembro… 1 de janeiro… 31 de março… 1 de abril… 10 de outubro…

Todos os dias que acabam… E que recomeçam… São apenas dias…

São oportunidades de assumirmos definitivamente…

Cumprir os nossos compromissos connosco mesmos!

Só desse modo, acredito, poderemos vencer os desafios diários do viver...

Do provir…

E, também só desse modo, se abrirá a possibilidade…

De para além de sermos mais felizes…

Os dias… Os meses… O ano que se inicia…

Poderem ser novos… De verdade!”


(In "Crónicas Mundanas...")

30 dezembro 2022

EU AMO...

 

                                                                                (Fotografia da Internet)


“Eu amo em silêncio…

No silêncio não existe rejeição…

Eu amo em solidão…

Na solidão ninguém é dono de ninguém…

Eu amo na distância…

A distância dissipa a dor…

Eu amo sonhando…

Os sonhos não têm fim…”


(In "O amor... Sempre o amor...")

29 dezembro 2022

DESENGANO…

                                                                                                              (Fotografia da Internet)

"Dizem...

Sorri quando a dor te torturar...

Mas...

Eu não gosto de mentir...

Nem para a dor...

E depois...

Se eu sorrir...

Ainda vão pensar...

Que eu sou feliz..."


(In "Crónicas Mundanas...")

28 dezembro 2022

AMOR… E SER……

 

                                                                                  ('Post' da Internet)


“O ser busca outro ser…

E quando o encontra…

Acha a razão de ser…

É o dois em um:

Amor e ser…

Ah! Finalmente…

A vida ganha algum sentido...”

 

(In "O amor... Sempre o amor...")

27 dezembro 2022

EU SOU O UNIVERSO…

 

                                                                                            ('Post' da Internet)


“Só existo eu…

A minha consciência… Eu…

Eis-me aqui prostrado perante a vida… E a morte…

O que vêm é apenas o meu corpo entregue ao tempo…

Pois, eu sou o universo!

Por isso nada necessito…

Afinal, eu sou tudo…

Ah! É verdade… Sou prisioneiro deste corpo…

E, desse modo, tornei-me mais um fragmento…

 Algo material que necessita de coisas…

Sim, um corpo necessita de coisas…

Mas… Se eu já existia na ausência deste corpo…

Sim, quando não tinha um corpo…

Porque não voltar, então, a esse estado anterior ao corpo…

E experienciar a minha verdadeira natureza verdadeira e livre?

Porque abdiquei de tudo isso…

E preferi camuflar-me e assumir mais esta formatação?

Não sou, afinal, o Universo?”


(In "Crónicas Mundanas...")

26 dezembro 2022

SER POETA NA VIDA…

                                                                   ('Post' da Internet)


“Ser feliz é saber ser poeta na vida…

Tudo o que é obrigação é prosa…

Mera sobrevivência…

O que nos faz viver, florescer, amar…

É a poesia…

Ah! A felicidade é um problema menor…

A felicidade depende de uma multiplicidade de condições externas…

E depois… Não existe uma felicidade eterna…

Então, porque não escolhermos semear outras condições…

Mais internas…

Que nos permitam viver poeticamente a vida…

E quem sabe, dessa forma…

Podermos encontrar também alguns momentos de felicidade…”


(In "Crónicas Mundanas...")

25 dezembro 2022

AMAR É… VOAR…

                                                          (Fotografia da Internet)


"Espero ainda encontrar alguém que me ame como eu sou…

Que apenas me ofereça um ninho para pousar…

Mas que não seja uma gaiola para mim…

Somente, que me deixe voar…

Pois, amar é deixar, soltar…

E depois…

Quando mais soltos, mas presos queremos ficar…

Como é maravilhoso deixar a liberdade fluir…

Nas asas de um amor cuidadoso…

Que nos aceita e nos ensina a ser melhor…

Ah! Espero reencontrar esse amor tão distante…

E aprender, de novo, a ser, a amar… Voando…”


(In "O amor... Sempre o amor...")

24 dezembro 2022

QUERO PERTENCER!

 

                                                       (Fotografia da Internet)


“Hoje venho, apenas, dar sentido(s) àquela necessidade de pertencer...

De facto, a minha ausência...

Talvez, isolamento...

Ainda que necessária para o meu crescimento pessoal…

Afastou-me de um outro crescimento - o exterior...

Por assim dizer...

A verdade é que só através do contacto...

Com o outro...

É possível sentir…

Vivenciar que pertencemos a este mundo...

E, mais importante ainda, só através do outro, da coexistência…

Conseguimos mudar-nos a nós mesmos…

Sim, é um facto!

Existimos…

Somos, também, através da diferença...

Mas é a partir dessa diferença...

Quer do meio em que nos movemos...

Quer dos outros com quem nos confrontamos quotidianamente...

Que, afinal, nos construímos!

A possível fragilidade das relações está nas fronteiras...

Precisamos, pois, simplesmente, de dar o salto...

Superar as nossas barreiras, os nossos muros...

Os nossos medos...

Ou seja...

Integrar o novo, o diferente...

Mudar... Adaptar... Crescer!

Por isso...

Estou aqui convosco!

Quero pertencer!

Quero crescer!

É que sabem...

Sem esta atitude de querer pertencer...

A nossa vida é muito mais pobre!

Com este sentimento de pertença engajado...

Acreditem, percebemo-nos muito melhor a nós próprios...

Como que redesenhamos o nosso 'eu'...

E o nosso 'não-eu'...

Mas só no contacto com o outro podem surgir as escolhas...

As atitudes e as ações...

As próprias emoções...

Afinal, as relações...

Só em contexto com o outro experienciamos verdadeiramente o mundo...

A vida...

Sentimos a evolução...

Descobrimos o amor!

Ah, sim! Vamos falhar...

Errar…

Talvez até magoar os outros...

Magoar-nos...

Mas sabem...

Isso apenas acontece porque ainda não corrigimos a nossa comunicação...

Continuamos a comunicar uns com os outros muito rudimentarmente...

Falta...

Um pouco mais de verdade...

De expressar... O verdadeiro sentir... O profundo sentir...

Ou seja...

Comunicar com verdade...

O que verdadeiramente sentimos...

Ah! E sem quaisquer preconceitos...

Por outro lado...

A coexistência...

Não é, ainda, pacífica...

Porque nos limitamos a comunicar... À superfície...

Preferimos ficar na fronteira... Do sentir... E do explorar… Exteriorizar...

Parece que ainda não percebemos que as fronteiras humanas são muito flexíveis…

Maleáveis...

Ainda que... Complexas...

Por vezes... Mais complicáveis... Pois adoramos complicar...

Pois...

Temos de deixar de andar à superfície...

Mergulhemos, então, nas profundezas da intimidade...

Não fiquemos apenas pela racionalidade e pela objetividade...

Arrisquemos tocar os corações uns dos outros...

Claro, respeitando os limites...

Sejamos... Delicados...

E assumamos, tranquilamente, as nossas diferenças...

Todos sabemos quão diferentes somos uns dos outros...

Somos... Cada um de nós...

Seres únicos... Irrepetíveis...

Mas isso... Que é muito...

Deverá ser tudo o que nos deve unir!

Então... Parece(me) simples...

Respeitemos as nossas fronteiras...

As nossas diferenças...

A nossa essência…

A nossa individualidade...

Mas... Aprofundemos a nossa coexistência...

Choquemos mais uns nos outros...

Ao fazermos isso, estou convicto, que fortaleceremos os laços de pertença!

Ora digam lá se não é fantástico quando ocorre aquele encontro inusitado a dois...

E depois... Se não ocorre...

Oh! Simplesmente não acontece nada!

Pois... Digo-vos...

Foi o que aconteceu comigo...

Neste tempo em que continuo ausente...

Sim, como já referi...

Preciso recolher-me...

Todos precisamos de vez em quando...

Por vezes... Precisamos limar as nossas arestas...

As fronteiras...

Mas para crescer... Crescermos... Precisamos uns dos outros...

Eu cá não tenho dúvidas:

Eu preciso de vós!

De me expressar para vós... De vos ouvir...

De vos sentir!”


(In "Crónicas Mundanas...")

23 dezembro 2022

PAIXÃO...

 

                                                                             ('Post' da Internet)


“Paixão…

É devoção intensa, ardente em permanente expansão…

Que quando não correspondida se guarda em segredo…

É o desejo de viver a cada instante, um romance permanente…

Ou apenas um ardor que se almeja constante…

Ainda que o tempo faça dela chama hesitante…

Sim, fui paixão!

Fiz tudo o que ela me permitiu…

Vivi-a como quem vive um festim sem fim…

Não fiquei a ver a vida passar…

Antes, reinventei a paixão…

E gozei-a em todos os sentidos…

Foi paixão carnal, amores platónicos, amores virtuais…

Tudo o que qualquer paixão de verdade confere…

Pobre do meu coração…

Como ele foi posto à prova, coitado…

Mas, saiu fortalecido…

Pois, degustou a paixão até ao tutano…

E hoje está imune à dor de qualquer pós-amor…

A paixão até pode magoar…

Incluso, deixar algumas mazelas…

Mas se for desfrutada de verdade…

É maior a gratidão que o vazio…

E no final não existem deceções…

Já que não houve cobranças, nem esperanças…

E acaba por ser muito mais real…

Como um simples breve respirar...

Pois, questionar porque nos apaixonamos…

Ainda sabendo que não vai durar para sempre…

É o mesmo que questionar…

Porque respiramos se vamos morrer…

E depois…

Nada precisa ser para sempre…

Basta valer a pena enquanto durar…

Ah! Preciso respirar-te, de novo, Ó paixão!”


(In "O amor... Sempre o amor...")

22 dezembro 2022

YEMANJÁ...

 

                                                                                         ('Post' da Internet)


“Seria Mulher... Seria Mar...

Fosse o que fosse...

A sua ondulante saia raiada, enrolou-se em meus pés...

Seus seios nus de água reluziam como ouro em corpo sem adornos...

Hesitante... Questionei-Lhe:

"Quem és Tu? De onde vens?"

Ela respondeu-me:

"Não tenhas medo...

Pois, venho do mais íntimo do teu Ser..."

Sorri, então...

E juntos sentámo-nos sobre seu manto coberto de algas...

E num uníssono divinal veneramos o Mar... E a Terra...

E eis que a Luz que inundava o céu resplandeceu...

Desvelando o mais belo sorriso que algum dia sonhei...

Cerrei os meus olhos...

Na tentativa de o guardar para a eternidade...

Quando os abri...

Restava apenas a Estrela da tarde... Sobre o Mar...

Luz e sombras brincavam, também, nas águas do Mar...

Continuei sentado... Agora... Sozinho... No meu interior...

Encontrei-o cheio de ternura... De Amor...

Deixei-me, pois, estar..

Não dei sequer pelo fim do dia...

Fiz do meu corpo um barco...

E naveguei no Mar crepuscular...

Com o luar dançando, também... No Mar...

E murmurei...

Ouve a minha suplica... Bela Donzela...

Vem... Vem, de novo, até mim...

Banha-me, de novo, com a tua Luz...

E faz de mim prisioneiro neste teu jardim à beira-mar...”


(In "Crónicas Mundanas...")