('Post' da Internet)
“O
amor não tem razões…
As
flores têm porquês?
Elas
florescem porque florescem…
Pois
eu cá, sou como as flores…
Amo,
porque amo…
E
não preciso saber porque amo…
Contento-me
em, simplesmente, amar…
Sendo…
E se
um dia souber porque amo…
Serei
como flor arrancada da terra…
Ah!
Amar é apenas ser, existir… Amando…
Amar…
Doando-se…
Sem
custos, nem trocas…
Amando
o nada e sem ‘porquês’…
Não
disse Pascal que «o coração tem razões que a própria razão desconhece…»
Não
é que faltem razões ao coração…
As
suas razões estão apenas escritas numa língua que desconhecemos…
E ai do amante que decifre esta língua…
Pois
no dia que ele a entender…
O amor
se irá de vez…
É
que o amor só existe enquanto ignorante das suas razões…
Ao
amor só lhe interessa mesmo é amar… Sem explicar…
E é
assim que ele ama sem parar…
Como
poderemos, pois, questionar…
O
que que amamos quando amamos?
Isso
seria o fim de qualquer história de amor…
Pois,
esta pergunta revela um segredo que nenhum amante pode suportar:
Que
ao amar, amamos ‘algo’ que não o ‘objeto amado’…
Não,
caros amantes…
Não
há como fixar o amor em qualquer coisa sobre a terra…
Amamos
sim, mas não é a nenhum ‘objeto’ que amamos…
Amamos
uma outra coisa misteriosa que desconhecemos…
Mas
que nos parece ver despontar no outro Ser…
Onde
um outro ‘objeto’, afinal, se revela…
Um
outro lugar onde nos encontramos com esta outra ‘coisa’…
Que,
por pura graça, sem razões, desceu sobre nós… Os amantes…
Mas,
por ser graça, sem razões…
Da
mesma forma como desceu, poderá de novo partir…
E se
isto acontecer deixaremos de amar…
E a
nossa busca…
O
novo amar… Um outro novo amor…
Recomeçará
de novo…
E se
o amor não tem razões…
Razão
tinha Kundera:
«O
amor começa no momento...
Em que uma mulher se inscreve com uma palavra na nossa
memória poética…»
Gratidão,
pois a todos aqueles a quem amei…
E àqueles
que, também, me amaram…
Por
me relembrarem o que é o amor…
O
que é amar…
Que
saibamos agora fazer do amor…
A
mais bela poesia de vida…
Ou,
simplesmente, continuar a amar…”
(In "O amor... Sempre o amor...")