“O
Homem foi domesticado pela sociedade…
E tornou-se
dependente da multidão…
Hoje
todos querem pertencer a alguma coisa…
A um
país, a uma raça, a um clube, a uma religião…
E,
por vezes, até isso lhes parece insuficiente…
Não podem é ficar sozinhos…
Têm
de estar constantemente cercados por outras pessoas….
Qual
ilha rodeada de gente… Por todos os lados…
Só
assim conseguem manter o foco, sentirem-se vivos…
Mas…
A multidão não permite que o Homem seja ele mesmo…
Por que tens medo da solidão, Ó Homem?
Não
é a solidão uma das experiências mais bonitas da vida?
Ou
será porque te fizeste também prisioneiro da tua mente?
Afinal, ela mesmo mais um agente da multidão à
qual tu pertences…
Sim,
ela também está ao serviço da multidão…
A
sociedade infiltrou-a como mais um agente…
Pois,
assim, mais facilmente agirás de acordo com as suas regras…
Queres ser livre Homem?
Coloca,
então, a tua mente de lado e procura ficar sozinho contigo mesmo…
Pois
com a mente jamais estarás realmente sozinho…
É que as vozes dos pais, dos professores, dos padres e dos políticos...
Estão
gravadas na mente…
E a
tua mente apenas continua a reproduzi-los…
Foi
assim, que pouco a pouco a sociedade te domesticou, Ó Homem…”
(In “Indualidades…”)