A POESIA... É DO LEITOR...

“O poeta inspira-se… A poesia nasce… O que fica a faltar? Lerem-me, caros leitores! Leiam-me como se eu fosse o vosso último alimento… Leiam-me como se não houvesse amanhã… Leiam-me e extraiam de mim a vossa derradeira inspiração… Leiam-me como se eu fosse o céu que vos sustenta… Ou, simplesmente… Como se eu fosse apenas um outro alguém… Ainda que sendo eu simples poesia... Leiam-me... Para que eu passe a fazer também parte de vós…”

22 setembro 2022

ESTRADA DESERTA...

 

                                                                                          ('Post' da Internet)


“E assim continuo caminhando na vida… Sozinho…

A estrada está deserta…

Não há ninguém no caminho…

Tudo deserto…

E a caminhada é longa…

Como é longa a noite escura…

No frio, no escuro, no abandono…

Olho em volta e procuro a luz…

Mas os meus olhos estão cegos…

Olham para o passado e choram de dor…

Continuo… Continuo sozinho…

Na estrada deserta…

Sempre a procurar o tempo perdido…

Mas nem esse me faz mais companhia…

Resta-me caminhar… Apenas caminhar…

Nesta estrada deserta…”


(Inédito)

21 setembro 2022

LOUCOS DE AMOR...

 

                                                                 ('Post' da Internet)

"Não, não sou louco...

O espírito somente é que me quebrou um elo da matéria...

Pensem, pois, melhor...

Pensem e serão livres como eu...

E sejamos sim, loucos...

Mas apenas no amor...

Pois, só os loucos de amor abrem caminhos...

Que emprestam aos 'aprisionados mentais'..."


(Inédito)

SUBIR A MONTANHA...

 

                                                                                                            (Fotografia de Luís Borges)


"Deixemos de subir a montanha para colocar bandeiras…

Ou pior…

Deixar marcas…

Subamo-la para aceitar o desafio…

Desfrutar do ar puro…

E apreciar as vistas…

Subamo-la para que possamos ver o mundo…

Não para que o mundo nos possa ver…”


(In "A vida é um caminho... E deixa rastros...")


MUDANÇA... O ELIXIR DA JUVENTUDE!

                                                                                ('Post' da Internet)

 

“Vivemos no século XXI…

Mas ainda não descobrimos o elixir da juventude eterna…

 Andamos todos à procura da reversão do tempo…

Mas quanto mais ele passa, mais velhos ficamos…

Amigos… Esqueçam essa do ‘elixir’…

A fonte da juventude chama-se mudança!

A única maneira de sermos idosos sem envelhecer…

É não nos opormos a novos comportamentos…

É ter disposição para mudar de rumo…

Sim, há que mudar… E constantemente…

Mas, alerta-se:

Toda a mudança cobra um alto preço emocional…

Antes de tomar uma decisão difícil, os questionamentos são inúmeros…

E sim, a vida se desestabiliza… No início…

Mas, então, chega o depois, a coisa feita…

E aí a recompensa fica escancarada na cara…

É que as mudanças fazem milagres pelos nossos olhos…

E é no olhar que se percebe a tal juventude eterna…

Esqueçam qualquer cirurgia plástica…

Porque não existe plástica que resgate o nosso brilho…

Quem dá brilho ao nosso olhar é a vida que escolhemos levar…

E um olhar iluminado, vivo e sagaz impede que envelheçamos…

Estão mesmo dispostos a mudar?”


(Inédito)

20 setembro 2022

DAR PÉROLAS A PORCOS...

 

                                                                 (Fotografia de Luís Borges)


“Não dês pérolas a porcos…

Os porcos gostam mesmo é de lavagem…

E depois…

Eles não saberão o que fazer com elas…

Apenas perderás as tuas pérolas…

E eles não têm qualquer culpa disso…

Talvez nós, é que deturpemos tudo…

É como falar de amor a quem tem o coração cheio de amargura…

Ou de liberdade a quem sempre viveu engaiolado…

Não percamos tempo, pois…

Não demos pérolas a porcos…

Até para um asno a erva é melhor que ouro…

Mas, estejamos atentos…

Pois, se insistirmos em dar pérolas a porcos…

Há sempre alguém à espreita com esperança de as apanhar…

E depois…

Deixemos as ostras em paz!”


(In "Hipersent...")

AMOR NO SOFÁ... DO PSICANALISTA...

 

                                     ('Post' da Internet)


“O amor é um tema universal que desperta as mais variadas reflexões…

Mas… O que, afinal, significa amar?

Sabemos que amor é ‘algo’ automático e frequentemente inconsciente…

Que o psicanalista chama transferência…

Pois, amar alguém é acreditar que, ao amá-lo...

Se alcançará uma verdade sobre si mesmo…

Ama-se aquele que conserva a resposta…

Ou uma resposta, à famosa questão: «Quem sou eu?»

Mas se o amor é universal…

Porque alguns sabem amar e outros não?

Há uns quantos que sabem provocar o amor no outro…

São aqueles que sabem quais os botões a apertar para se fazer amar…

Porém, não necessariamente amam...

Mais brincam ao gato e ao rato com as suas presas…

Para amar é necessário confessar a sua falta…

E reconhecer que se tem necessidade do outro… Que o outro lhe falta…

Ser completo sozinho? Só quem não ama pode acreditar nisso…

Amar é reconhecer a sua falta e doá-la ao outro… Colocá-la no outro…

Não é dar o que se possui… É dar algo que não se possui...

Que vai além de si mesmo…

Para isso, é preciso assegurar-se da sua falta… Da sua castração…

Só se ama, pois, a partir de uma posição feminina…

Sim, amar feminiza!

É por isso que muitos homens se acham ridículos quando amam…

Porém, se eles se deixarem intimidar pelo ridículo…

É porque, na realidade, não estão seguros da sua virilidade….

Por isso, entendam mulheres…

É muito mais difícil amar para um homem!

O homem enamorado tem retornos de orgulho…

Assaltos de agressividade contra o objeto do seu amor…

Porque esse amor o coloca na posição de incompletude… De dependência…

É por isso que pode desejar as mulheres que não ama…

A fim de reencontrar a posição viril que coloca em suspensão quando ama…

Freud denominou isso a «degradação da vida amorosa» no homem…

Ou seja, a separação do amor e do desejo sexual…

Já na mulher é diferente…

Quanto muito, acontece o desdobramento do parceiro masculino…

De um lado, está o amante que a faz gozar e que ela deseja…

Porém, há também o homem do amor, feminizado, funcionalmente castrado…

Mas que fique claro, não é a anatomia que comanda…

Pois, há mulheres que adotam uma posição masculina…

Um homem para o amor, em casa…

E homens para o gozo, encontrados no trabalho, na internet, na rua…

É que os estereótipos socioculturais da feminilidade e da virilidade...

Estão em plena mutação…

Os homens são convidados a acolher as suas emoções, a amar, a se feminizar…

As mulheres conhecem, ao contrário, um certo ‘fazer-se-homem’…

Daí, cada vez mais, assistirmos a uma grande instabilidade dos papéis…

Uma fluidez generalizada do teatro do amor…

Que contrasta com a rigidez de antigamente…

Tal como afirmou Bauman, o amor tornou-se líquido…

Cada um é levado a inventar o seu próprio ‘estilo de vida’…

E a assumir o seu modo de ter prazer e de amar…

A tradição caiu em lento desuso…

Ah! Mas importante é que o amor é um vai e vem…

O que não quer dizer que é suficiente amar alguém para que ele nos ame…

O amor é recíproco porque o amor que se nutre pelo outro…

É efeito do retorno da causa do amor que o outro é para nós...

Portanto, o nosso amor pelo outro não é só assunto nosso, mas dele também…

E a ‘alma gémea’, aquele ‘ser especial’, existe isso?

Existe a condição do amor, a causa do desejo…

É como um traço particular que tem para cada um...

Função determinante na escolha amorosa…

E é próprio de cada um, tem a ver com a história singular e íntima de cada um...

Percebam…

A realidade do inconsciente ultrapassa a ficção…

A vida humana, e especialmente o amor, é composta por milhões de ‘divinos detalhes’…

É verdade que, sobretudo no homem, encontram-se tais causas do desejo…

Sim, o que chamamos fetiches...

Cuja presença é indispensável para desencadear o processo amoroso…

As subtis particularidades…

Que relembram o pai, a mãe, o irmão, a irmã, a tal personagem da infância…

E que também têm o seu papel na escolha amorosa das mulheres…

Porém, a forma feminina do amor é, de preferência, mais erotómana que fetichista…

A mulher quer ser amada…

E o interesse, o amor que alguém lhes manifesta…

Ou que elas supõem no outro…

É sempre uma condição ‘sine qua non’ para desencadear o seu amor…

Ou, pelo menos, para ela dar o seu consentimento…

É aqui que assenta o fenómeno da corte masculina…

E por isso, serem tão importante as fantasias…

Nas mulheres, quer sejam conscientes ou inconscientes…

São mais determinantes para a posição de prazer do que para a escolha amorosa…

E é o inverso para os homens…

Quanta mulher só consegue obter o orgasmo…

Com a condição de se imaginar, durante o próprio ato…

Sendo batida, violada, ou de ser uma outra mulher…

Ou ainda de estar ausente, noutro lugar…

Já o homem tem outra fantasia…

É como amor à primeira vista…

Sobressai, de imediato, a qualidade maternal da mulher que desencadeia o amor…

Ou reencontra nela os traços que evocavam o que ele próprio era quando tinha 20 anos…

Freud também falou sobre isso…

 O homem ama a pessoa que protege, por exemplo a mãe…

Ou a uma imagem narcísica dele mesmo…

É… O amor tem mesmo muito que se lhe diga…

Entre o homem e a mulher nada está escrito por antecipação…

Não há bússola, nem proporção pré-estabelecida…

O encontro não é programado como o do espermatozoide e do óvulo…

Os homens e as mulheres falam, vivem num mundo de discurso…

E isso é determinante!

As modalidades do amor são ultrassensíveis à cultura ambiente…

Cada civilização distingue-se pela maneira como estrutura a relação entre os sexos…

Hoje o ‘múltiplo’ parece ter destronado o ‘um'...

O grande amor de toda a vida cedeu, pouco a pouco, terreno…

Para o ‘speed dating’ e toda a variedade de cenários amorosos alternativos…

Sucessivos, inclusive simultâneos… Sim, o ‘poli-amor’…

Com toda esta complexidade… Será, ainda o amor eterno?

Dizia Balzac: «Toda a paixão que não se acredita eterna é repugnante»…

De novo, dizem os analistas… Sim, os da psique humana…

Quanto mais um homem se consagra a uma só mulher…

Mais ela tende a ter para ele uma significação maternal…

Quanto mais sublime e intocada, mais amada…

E quando uma mulher se agarra a um só homem, ela o castra…

Portanto, o caminho é estreito…

Talvez o melhor caminho do amor conjugal seja a amizade, como dizia Aristóteles…

O problema é que os homens dizem não compreender o que querem as mulheres…

E as mulheres, o que os homens esperam delas…

Aqui a objeção, é que o diálogo de um sexo com o outro é impossível…

Os amantes estão, de facto, condenados a aprender a língua um do outro…

Tateando, buscando as chaves, sempre revogáveis…

Amigo, caro leitor… Apaixonado… Ou não…

É melhor não pensar muito…

É que o amor é um labirinto de mal-entendidos onde a saída não existe!

Então… Não pense muito…

Simplesmente… Ame…

Ame intensamente… Como se não houvesse amanhã!”


(Inédito)

MENTIRA!

 

                                                                                                                (Fotografia da Internet)


“Hoje tudo é mentira!

Mente-se em tudo e por tudo... E até por nada…

Mentira na política… Mentira nos governos…

Mentira nas promessas… Mentira nos orçamentos…

Mentira nas reformas... Mentira nas convicções...

Mentira nos homens, nos atos e nas coisas…

Mentira no rosto, na voz, no gesto, na palavra, na escrita…

Mentira nas instituições… Mentira nas eleições…

Mentira nos relatórios… Mentira nos inquéritos…

Mentiras nas estatísticas… Mentira nas soluções…

Mentira nas responsabilidades… Mentira nos desmentidos…

Chiça! A mentira é geral!

Vivemos o monopólio da mentira…

Até a história passou a ser um conjunto de mentiras…

Apenas se chegou a um acordo sobre alguns factos...

Pois é…

A mentira está de tal forma impregnada nas consciências…

Que se acaba por se não discernir a mentira da verdade…

Até os mentirosos já mentem a si próprios…

E os outros, os que não mentem, já não sabem se estão, ou não estão a mentir…

Vivemos, enfim, um ambiente de completa mentira…

Que, naturalmente, irá contaminar os vindouros, a posteridade…

 De tal modo…

Que no porvir será difícil acreditar que alguém fala verdade…

Pois todos mentiriam se estivessem no lugar dele…”


(Inédito)

19 setembro 2022

PROCURA-SE AMIGO...

 

 
                                                                                                                            ('Post' da Internet)


“Não precisa ser mulher, basta ser humano…

Basta ter sentimentos… Basta ter coração…

Pode querer falar, mas que também saiba ouvir…

De preferência que goste de poesia… E de madrugadas…

Deve amar o próximo… E respeitar a dor que os outros levam consigo…

Não precisa guardar segredo, nem se sacrificar…

E, também, não tem de ser em primeira mão…

Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados…

Não é preciso que seja puro, mas por favor, que não seja vulgar…

Deve ter, pelo menos, um ideal… E medo de perdê-lo…

Só tem um objetivo nesta amizade que procuro: ser amigo!

Ah! E que compreenda o imenso vazio da solidão...

Procuro um amigo que tenha outros gostos diferentes do meu…

Que saiba conversar de coisas simples…

Que fale dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade…

Deve gostar de natureza, de caminhos molhados e de se deitar ao relento…

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver…

Não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo…

Precisa-se de um amigo que nos chame de amigo…

Para ter-se a consciência de que ainda se vive…”


(Inédito)

MEMÓRIA DE TI...

 

                                                                           ('Post' da Internet)


“Teimo em viver fora do mundo...

Apenas te tendo a ti para te saudar...

Pois tu... Tomaste posse da minha vida...

E da minha morte!

Mais um nascer do sol...

Mais um por do sol...

Minh'alma contempla-te!

Com um único e exclusivo olhar...

És como um céu...

És como um mar...

Estás na plenitude...

Eu... Eu permaneço na inquietude...

Talvez...

Talvez no horizonte distante...

Um dia possamos voltar a nos reencontrar...”


(In "Amar... O amor...")

ENCONTRO CÓSMICO...

 

                                                                                         ('Post' da internet)


“Agora que partiste, sempre me questiono:

- Será que voltarei a ver-te, meu amor?

É que mais do que te perder…

A maior tragédia é saber que nunca mais nos voltaremos a ver…

Sim, foi maravilhoso enquanto estivemos juntos…

Vivemos com a plena consciência da brevidade que é a vida…

E, também por isso, percebemos a preciosidade que ela é…

E ainda que soubéssemos que tudo é efémero… Como o é a vida…

Nunca acreditámos numa separação definitiva…

Cada momento que estivemos juntos foi milagroso…

Não no sentido do inexplicável, ou do sobrenatural…

Fomos apenas beneficiados pelo acaso…

O acaso foi tão generoso connosco que nos permitiu encontrar-nos…

Na imensidão do espaço… E do tempo…

Por isso, ainda que breve o nosso encontro…

Ele perdurará na eternidade…

O importante mesmo foi que nos amámos…

E que cuidámos um do outro nesses instantes…

Isso… É muito mais importante do que a ideia de nunca mais te voltar a ver…

Não… Não creio que volte a ver-te algum dia…

Mas, sabes…

Eu vi-te… Nós vimo-nos um ao outro…

Encontramo-nos os dois no Cosmos…

E isso foi grandioso!”


(Inédito)

CHUVA ABENÇOADA...

 

 
                                                                                                                (Fotografia da Internet)


“Estou sentado junto à minha janela olhando a chuva que cai…

Que saudades já tinha de ouvir os sons do chuvisco…

A terra agradece, qual mulher carente de carícias…

Há quantos tempo não chovia assim?

De tanta ausência, a seca fez sobressair a nossa miséria…

Ah! Mas agora, a chuva cai, ruidosa, abençoada…

Os campos vão ganhando variedades de belezas…

E enquanto, lá fora, se enchem os charcos…

A tristeza vai arrumando o meu quarto…

Mas dentro de mim persiste agora uma dúvida:

- Não estará a chover de mais?

- Não será que depois da seca se seguirá a punição das cheias?

Bem, a chuva lá saberá o que faz…

A chuva sabe quantos grãos tem a areia…

E para cada grão ela faz apenas uma gota…

Isto da meteorologia tem outros entendimentos que a minha sabedoria não alcança….

Entretanto… Lá fora continua chovendo…

E riscos molhados de tristeza vão descendo pelos vidros da minha janela…

A chuva está a limpar a terra…

E a minha solidão…

Acabou o tempo de sofrer, a terra lava-se do passado…

Eu?

Eu abrigo a minha tristeza…

E de braço dado, saímos os dois pisando os charcos…”


(Inédito)

17 setembro 2022

VOLTAREMOS FLORES...

 

                                                          (Fotografia de Luís Borges)


“Se amas uma flor…

Não a recolhas…

Porque se o fizeres esta morrerá e deixará de ser o que amas...

Então, se amas uma flor…

Deixa-a simplesmente ser...

Pois... Nada se possui...

Muito menos no amor…

Procura, então...

Simplesmente apreciar-nos...

E cuidar-nos...

E deixa…

Que o vento nos faça atravessar os desertos…

Como sementes…

Prometemos:

Voltaremos flores!”


(In "Nem tudo são flores... Mas tudo é semente...")

SER... AMANDO...

 

 
                                                    ('Post' da internet)


“Quando amamos verdadeiramente…

Deixamos de viver em nós…

E passamos a viver no que amamos…

Já não sei se devo amar… Ou não amar…

Ser… Ou não ser…

Talvez deva, apenas...

Ser… Amando…”


(Inédito)

SOMOS IMPERFEITOS!

 

                                                                                                                          ('Post' da internet)


“Mas, quem quer ser perfeito?

A perfeição, a existir, seria o tédio…

É que o perfeito é sempre idêntico…

E não admite diferenças… Nem por excesso, nem por defeito…

O fantástico… Da imperfeição…

Porque somos imperfeitos… É podermos melhorar…

Podemos aprender formas melhores de nós mesmos…

E de amar…

Pois, o perfeito não precisa de amor…

Ah! Quantos já conheci que fizeram da imperfeição a sua razão de vitória…

Que das pedras construíram o seu próprio caminho…

E alguns até o seu castelo…

Aqueles que acham que são perfeitos...

Apenas adoram a sua suposta perfeição…

Cá para mim, só tentam disfarçar os seus próprios medos…

Fingem ser superiores, usando máscaras para que a verdade não lhes cuspa na cara…

Às vezes ser simples, imperfeito, é mais original…

E depois… O perfeito é o desumano…

Porque o humano é imperfeito…

Perfeito mesmo?

Ah! Só a imperfeição!”


(Inédito)