“Agora
que partiste, sempre me questiono:
- Será
que voltarei a ver-te, meu amor?
É
que mais do que te perder…
A
maior tragédia é saber que nunca mais nos voltaremos a ver…
Sim,
foi maravilhoso enquanto estivemos juntos…
Vivemos
com a plena consciência da brevidade que é a vida…
E,
também por isso, percebemos a preciosidade que ela é…
E
ainda que soubéssemos que tudo é efémero… Como o é a vida…
Nunca
acreditámos numa separação definitiva…
Cada
momento que estivemos juntos foi milagroso…
Não
no sentido do inexplicável, ou do sobrenatural…
Fomos
apenas beneficiados pelo acaso…
O acaso
foi tão generoso connosco que nos permitiu encontrar-nos…
Na
imensidão do espaço… E do tempo…
Por
isso, ainda que breve o nosso encontro…
Ele
perdurará na eternidade…
O
importante mesmo foi que nos amámos…
E
que cuidámos um do outro nesses instantes…
Isso…
É muito mais importante do que a ideia de nunca mais te voltar a ver…
Não…
Não creio que volte a ver-te algum dia…
Mas,
sabes…
Eu
vi-te… Nós vimo-nos um ao outro…
Encontramo-nos
os dois no Cosmos…
E
isso foi grandioso!”
(Inédito)
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