A POESIA... É DO LEITOR...

“O poeta inspira-se… A poesia nasce… O que fica a faltar? Lerem-me, caros leitores! Leiam-me como se eu fosse o vosso último alimento… Leiam-me como se não houvesse amanhã… Leiam-me e extraiam de mim a vossa derradeira inspiração… Leiam-me como se eu fosse o céu que vos sustenta… Ou, simplesmente… Como se eu fosse apenas um outro alguém… Ainda que sendo eu simples poesia... Leiam-me... Para que eu passe a fazer também parte de vós…”

12 dezembro 2022

PACHAMAMA…

 

                                                                                                                         ('Post' da Internet)


“Jamais me questionem o que é a salvação?

E muito menos onde a encontrar...

Sabem... É que eu não sou investigador...

Apenas sinto...

E vivo agarrado a esta Terra...

Por mim... Correm os seus rios...

Levando na sua corrente...

Ganhos... E perdas...

Amores... E 'desamores'...

Sorrisos... E lágrimas...

Mas 'coisas'... Afinal...

Que sempre se misturam...

Sobre as suas águas...

Ah! Como és Grandiosa Pachamama!

As tuas manhãs chegam-nos sempre com profundos matizes...

E os ocasos... Esses estendem-nos os seus véus de carmesim...

E as tuas noites caem como suaves afetos de uma Mãe...

E no céu... As Estrelas elevam as tuas orações...

Ah! E que dizer do ritmo das tuas ondas?

Nelas... Silenciosamente... Dançam os nossos corações...

E das tuas belas Montanhas?

Ah! Essas são os limites da minha liberdade!

Não desejo, pois, apegar-me a nada...

Pretendo, apenas, que me deixes fluir no teu seio...

Içando as minhas velas ao vento que sopras...

Permite-me, pois, Ó Grande Caminhante...

Caminhar a teu lado...

Percorrer os teus mil caminhos...

Sem fim... Nem chegadas...

E sentir em cada pequeno passo que dou...

O teu chão Sagrado...

Ah! A salvação?

Pois... Talvez seja, afinal, apenas o tesouro do caminho...

Encoberto pela Luz... E pelas sombras...

Nos eternos instantes da Criação...”


(In "Crónicas Mundanas...")

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