“Já não tenho
mais abrigo…
Um simples porto
ou, apenas uma morada…
Um lugar onde
possa repousar o meu Ser adulterado…
Quanto eu
conheci…
Quanto
compreendi…
Muito… Apenas
vi…
E agora estou
sozinho…
Resta-me
envolver-me no casulo natural…
Fazer-me crisálida
e aguardar a metamorfose natural…
Pois, ela acaba
sempre por chegar…
Ser gotícula de
água, perfume de flor…
Ou,
simplesmente, pó da terra que o vento leva…
Nem denso o
suficiente para permanecer na terra…
Nem tampouco
leve o bastante para subir aos céus…
E, simplesmente,
pairar, rodopiar no ar…
Flutuar
levemente sobre todas as coisas…
Sobre todos os
conceitos, teorias ou ideologias…
Pois, a
realidade com que me doutrinaram…
Não é mais do
que um passatempo de sala de espera…
Do novo mundo
que clama por mim…”
(In "Hipersent...")
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