“Como
é triste, como dói, quando um grande amor acaba…
E…
Será que é mesmo o fim?
Como
termos a certeza de que a relação terminou… Definitivamente?
Há
quem diga que o que é real não tem fim…
Que o
amor quando é verdadeiro é para a toda a vida…
Mas
na prática não parece que seja bem assim...
O
afeto até pode ser para a vida inteira…
Mas a
vontade de estar junto, de somar, de construir, não!
O
amor pode ser eterno, mas para dividir a vida, as alegrias, as dores…
É
preciso sentir prazer na partilha e gostar profundamente da companhia do outro…
É, pois, natural quando uma das partes muda o seu jeito de pensar...
Sentir e agir
no mundo…
Que
a compatibilidade ceda lugar à incompatibilidade…
E
com isso, o prazer de estar junto esmorece…
Mas,
nenhuma incompatibilidade é capaz de anular o amor que sentimos…
Nenhuma
mudança, evolução ou crescimento de uma das partes…
É
capaz de apagar a importância que certas pessoas tiveram e têm nas nossas vidas…
Às
vezes acontece apaixonar-nos por um outro alguém…
E
essa paixão roubar-nos de nós mesmos e de todos os que nos cercam…
Ou
quem sabe, uma mudança de cidade, ou apenas um tropeço na calçada…
Se
tudo pode acontecer a qualquer momento…
Se
nunca somos os mesmos quando acordamos pela manhã…
Se
um homem não se banha na água de um rio duas vezes…
Porque
teimamos em não aceitar que o amor também se transforma…
E
que assim também as relações amorosas às vezes terminam…
Pois…
Talvez seja mesmo possível amar uma pessoa, mas não gostar mais dela…
E
isso deixa qualquer um desorientado…
Traz
uma sensação incomoda de traição…
Mas continuar
a fingir que se ama é pior que fingir um orgasmo…
Então,
o melhor talvez seja mesmo levantar a cabeça…
Manter
a mente quieta, o coração tranquilo…
E cada
um seguir o seu caminho…
Esvaziando
o coração para que um novo amor possa entrar…
Não
para ocupar o lugar do outro…
Mas
para nos voltar a fazer a acreditar no amor…”
(In "O amor... Sempre o amor...")
Sem comentários:
Enviar um comentário