“Qual
renda bordada tecida pela mão do homem…
A vida
é como uma teia de aranha…
Com uma
miríade de ligações e interligações...
Um entrelace
de instantes, ações e sentimentos…
Que
se vão entrecortando, do fazer e refazer…
Mas
não pensemos que somos apenas nós que tecemos a teia da vida…
Nós
somos apenas mais um fio…
Tudo
o que fazemos na teia…
Fazemos
a nós mesmos…
E quantas
vezes nos enrodilhamos nos próprios fios…
Que só
a custo desatamos…
Mas,
façamos que o que quer que façamos…
Sempre
seremos influenciados…
Pois,
os fios da nossa teia estão conectados a outros fios…
Que,
por sua vez…
Se conectam
a outros seres como nós…
Por
isso, tudo o que façamos, tudo o que escolhermos fazer…
Terá
impacto em nós…
E
terá, também, impacto no mundo à nossa volta…
Basta
uma pequena vibração numa ponta da teia…
Para
causar uma vibração que se espalha por toda a teia…
Assim
se passa também à nossa volta…
Cada
passo que damos… Ou que não damos…
Terá
um impacto em tudo aquilo que nos rodeia…
Cada
sorriso, cada resposta, cada demonstração de afeto, cada afastamento…
Tudo
irá alterar a conformação da teia...
Infelizmente,
a teia do nosso mundo já viu dias melhores…
Em
vez de união, há cada vez mais egocentrismo…
Pois,
parece que cada um apenas se preocupa com a sua própria teia…
E
assim, um dia a teia irá romper-se...
Seria
bom, pois, cuidarmos mais dos nossos atos…
Eles
são muito mais poderosos do que aquilo que pensamos…
E consciencializar-nos
que a força da teia repousa nas raízes do todo…
Que se
tece gloriosamente sobre o tênue fio da vida…”
(In "Crónicas Mundanas...")
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