A POESIA... É DO LEITOR...

“O poeta inspira-se… A poesia nasce… O que fica a faltar? Lerem-me, caros leitores! Leiam-me como se eu fosse o vosso último alimento… Leiam-me como se não houvesse amanhã… Leiam-me e extraiam de mim a vossa derradeira inspiração… Leiam-me como se eu fosse o céu que vos sustenta… Ou, simplesmente… Como se eu fosse apenas um outro alguém… Ainda que sendo eu simples poesia... Leiam-me... Para que eu passe a fazer também parte de vós…”

04 outubro 2022

PARAR... É PRECISO!

 

                                                                                                                            ('Post' da internet)


“Descontinuar, abrandar, parar…

Sim, para continuar, é preciso parar…

Se não o fio emaranha-se, a energia finda… E o amor cansa-se…

É verdade, o tempo nunca pára…

Mas também não sente e não muda o ritmo…

Nós, que vivemos dentro da dança do tempo…

Precisamos de pausas e descansos para retomar a marcha do porvir…

De vez em quando saímos da rota, perdemos a bússola…

E deixamos a vida à deriva…

Perdemos a motivação, sentimos medo…

Sofremos, temendo que desta será definitivo…

E que por fim a exaustão nos quebrará...

Mas não… A vida só nos está a pedir uma pausa…

Pausa para retomar as forças…

Para encher o peito de coragem…

Pausa para encadear os pensamentos…

Renovar o que se justifica e descartar o lixo…

Pausa para estar só… E sentir-se só...

E estar só ajuda a refletir…

E depois…

A pausa ajuda a entender que as pausas são a reposição do fôlego perdido nas perdas…

Sejam elas de tempo, energia, dinheiro, esperanças, ilusões, confiança, fé...

Ah! As pausas renovam e curam…

O ritmo restabelece-se, as cores voltam, e com elas, o alento para encarar o novo…

Sim, porque o novo só chega após uma pausa…

Porque um remendo será sempre a parte mais frágil de um todo…

Porque é preciso romper para recomeçar, findar os ciclos…

E deixar o silêncio formular as respostas que ainda não temos...

Não, uma pausa não é um adeus…

É apenas um até breve…

Um vou ali e volto já…

Afinal…

Um reencontro a sós para formular novas respostas e planos para o que há de vir…”


(Inédito)

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