(Fotografia de Luís Borges)
“Quando
finalmente se fizer silêncio...
E as luzes da
cidade se extinguirem...
Quando o pano
cair, finalmente, sob o palco da vida...
A urbe humana
deixar-nos-á, então, indiferentes...
E ficarão, apenas,
as recordações primordiais...
Os odores das
estações...
Os tons do
entardecer...
O canto das
aves...
O murmúrio dos
bosques...
E do mar...
Ah! O uivo dos
lobos...
Mas, também,
todas estas recordações...
Dormirão sob um
crepúsculo solitário...
Ociosamente como
um manto de oferendas...
De sonhos multicolores...”
(In "Hipersent...")
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