“Que
bom que é, de vez em quando lavar a alma…
E iniciar
uma fase de mudança que já não podia mais ser evitada…
Expulsar
os sentimentos velhos que estavam acrisolados no coração…
Olhar
nos olhos de uma dor, de uma história mal resolvida…
Separar
o que vai para o lixo, o que será reciclado e o que realmente fica…
Para
mim, lavar a alma significa ter a coragem de se desapegar de sentimentos…
Que
às vezes até são fortes e intensos, mas estão há demasiado tempo estagnados…
Causando
mais angústias do que alegrias…
Trazendo
mais problemas do que soluções…
Criando
desconforto, frustração…
Atolando o nosso coração, impedindo a entrada do novo…
Sim,
para lavar a alma talvez precisemos de um ombro amigo…
Ou porque
não, apenas uma conversa franca connosco mesmos…
Ah! Nunca
é tarde para recomeçarmos…
Pode
ser que lavar a alma exija alguma paciência…
Pois, não
é de um dia para o outro que o nosso corpo se desimpregna…
Daquilo
que o nosso pensamento considerava tão forte e essencial…
Pode
ser até que tenhamos crises e recaídas…
E
que precisemos perdoar-nos muitas vezes…
Pode
ser que para lavar a alma precisemos ouvir mais a nossa intuição…
E
esquecer as verdades do mundo…
Mas,
não tenho dúvidas que uma bela lavagem da alma…
Desvela-nos
realidades mais bonitas…
E
quando, finalmente, estivermos com a alma limpinha em folha…
Que ninguém
tenha medo de se sujar…
Não!
Há que abrir-se para o que a vida oferece…
Entrar
na dança de novo….
E
voltar a inventar o amor!”
(Inédito)
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