A POESIA... É DO LEITOR...

“O poeta inspira-se… A poesia nasce… O que fica a faltar? Lerem-me, caros leitores! Leiam-me como se eu fosse o vosso último alimento… Leiam-me como se não houvesse amanhã… Leiam-me e extraiam de mim a vossa derradeira inspiração… Leiam-me como se eu fosse o céu que vos sustenta… Ou, simplesmente… Como se eu fosse apenas um outro alguém… Ainda que sendo eu simples poesia... Leiam-me... Para que eu passe a fazer também parte de vós…”

17 outubro 2022

LAVAR A ALMA...

 

                                                                    ('Post' da Internet)


“Que bom que é, de vez em quando lavar a alma…

E iniciar uma fase de mudança que já não podia mais ser evitada…

Expulsar os sentimentos velhos que estavam acrisolados no coração…

Olhar nos olhos de uma dor, de uma história mal resolvida…

Separar o que vai para o lixo, o que será reciclado e o que realmente fica…

Para mim, lavar a alma significa ter a coragem de se desapegar de sentimentos…

Que às vezes até são fortes e intensos, mas estão há demasiado tempo estagnados…

Causando mais angústias do que alegrias…

Trazendo mais problemas do que soluções…

Criando desconforto, frustração…

Atolando o nosso coração, impedindo a entrada do novo…

Sim, para lavar a alma talvez precisemos de um ombro amigo…

Ou porque não, apenas uma conversa franca connosco mesmos…

Ah! Nunca é tarde para recomeçarmos…

Pode ser que lavar a alma exija alguma paciência…

Pois, não é de um dia para o outro que o nosso corpo se desimpregna…

Daquilo que o nosso pensamento considerava tão forte e essencial…

Pode ser até que tenhamos crises e recaídas…

E que precisemos perdoar-nos muitas vezes…

Pode ser que para lavar a alma precisemos ouvir mais a nossa intuição…

E esquecer as verdades do mundo…

Mas, não tenho dúvidas que uma bela lavagem da alma…

Desvela-nos realidades mais bonitas…

E quando, finalmente, estivermos com a alma limpinha em folha…

Que ninguém tenha medo de se sujar…

Não! Há que abrir-se para o que a vida oferece…

Entrar na dança de novo….

E voltar a inventar o amor!”


(Inédito)

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