A POESIA... É DO LEITOR...

“O poeta inspira-se… A poesia nasce… O que fica a faltar? Lerem-me, caros leitores! Leiam-me como se eu fosse o vosso último alimento… Leiam-me como se não houvesse amanhã… Leiam-me e extraiam de mim a vossa derradeira inspiração… Leiam-me como se eu fosse o céu que vos sustenta… Ou, simplesmente… Como se eu fosse apenas um outro alguém… Ainda que sendo eu simples poesia... Leiam-me... Para que eu passe a fazer também parte de vós…”

21 outubro 2022

NÃO, NÃO VOU FUGIR DO AMOR!

 

                                                                                          ('Post' da Internet)


“Apesar de muito ter amado e mais ainda ter sido despedaçado…

Não vou fugir do amor…

Sim, talvez precise de proteger mais a minha vulnerabilidade…

Mas ter lutado para esquecer só me fez aprender ainda mais…

Não posso, pois, negar o que sinto só porque me fragmentei…

Foi como colar os cacos e me refazer inteiro…

Confesso, no amor sou um perdedor…

Por isso, hoje devo me proteger…

Preciso de me sentir seguro, de alguma forma…

E quando já fomos magoados algumas vezes…

Aprendemos a adotar mecanismos de defesa…

E depois…

Dentro de nós ocorrem silenciosamente também algumas mudanças…

Enquanto procuramos fugir das lembranças mais penosas da vida… Do amor…

Tentamos apenas superar a dor da perda… Do abandono…

Mas como disse, não tenho medo do amor… De voltar a amar…

E com o que aprendi…

Talvez passe a ser agora aquele que abandona, ao invés daquele que é abandonado…

Aquele que renuncia, em vez daquele que é desamparado…

É que quando nos magoamos, ou somos magoados repetidas vezes…

Por termos confiado, por nos termos doado…

Acabamos por ficar mais encouraçados…

Mais resistentes às agruras do amor…

Por isso, de certa forma, há que ser corajoso…

Pois, viver com coragem é viver com liberdade…

E só é livre quem não se encarcera, não se esconde…

Assim, por mais que seja um risco…

É preciso não ter medo de assumir o que se sente e o que se deseja…

Pois só nos podemos curar das feridas do amor…

Quando enfrentarmos as nossas feridas mais profundas…

E deixar o tempo fazer a sua cura…”


(In "O Amor... Sempre o Amor...")

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