“Apesar
de muito ter amado e mais ainda ter sido despedaçado…
Não
vou fugir do amor…
Sim,
talvez precise de proteger mais a minha vulnerabilidade…
Mas
ter lutado para esquecer só me fez aprender ainda mais…
Não
posso, pois, negar o que sinto só porque me fragmentei…
Foi
como colar os cacos e me refazer inteiro…
Confesso,
no amor sou um perdedor…
Por
isso, hoje devo me proteger…
Preciso
de me sentir seguro, de alguma forma…
E quando
já fomos magoados algumas vezes…
Aprendemos
a adotar mecanismos de defesa…
E
depois…
Dentro
de nós ocorrem silenciosamente também algumas mudanças…
Enquanto
procuramos fugir das lembranças mais penosas da vida… Do amor…
Tentamos
apenas superar a dor da perda… Do abandono…
Mas
como disse, não tenho medo do amor… De voltar a amar…
E
com o que aprendi…
Talvez
passe a ser agora aquele que abandona, ao invés daquele que é abandonado…
Aquele
que renuncia, em vez daquele que é desamparado…
É
que quando nos magoamos, ou somos magoados repetidas vezes…
Por
termos confiado, por nos termos doado…
Acabamos
por ficar mais encouraçados…
Mais
resistentes às agruras do amor…
Por
isso, de certa forma, há que ser corajoso…
Pois,
viver com coragem é viver com liberdade…
E só
é livre quem não se encarcera, não se esconde…
Assim,
por mais que seja um risco…
É
preciso não ter medo de assumir o que se sente e o que se deseja…
Pois
só nos podemos curar das feridas do amor…
Quando
enfrentarmos as nossas feridas mais profundas…
E
deixar o tempo fazer a sua cura…”
(In "O Amor... Sempre o Amor...")
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