“Vagueio
pela lama como um rio sem leito…
Como
se carregasse na carne reflexos do que vejo nas margens…
Estruturas
de casas quebradas, ruínas de um lugar que submergiu no tempo…
Não,
estas ruínas não excitam arqueólogos...
São
escombros de muitas gerações, não da erosão do tempo…
São
de eras passadas que ainda moram na memória dos vivos…
Esta
civilização, apesar de naufragada, não se perdeu…
Hoje,
ainda que momentaneamente, ressurge como lama entre as pedras…
Tudo
parece estático… O silêncio impera…
Mas
o murmúrio das pedras não cala…
Soando
em direção a restaurações futuras…
Ainda
que submersa na memória…
As mentes
resolutas reconstruirão, aos poucos…
O que
foi destruído à pressa…”
(Inédito)
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