A POESIA... É DO LEITOR...

“O poeta inspira-se… A poesia nasce… O que fica a faltar? Lerem-me, caros leitores! Leiam-me como se eu fosse o vosso último alimento… Leiam-me como se não houvesse amanhã… Leiam-me e extraiam de mim a vossa derradeira inspiração… Leiam-me como se eu fosse o céu que vos sustenta… Ou, simplesmente… Como se eu fosse apenas um outro alguém… Ainda que sendo eu simples poesia... Leiam-me... Para que eu passe a fazer também parte de vós…”

12 setembro 2022

CARPE DIEM!

 

                                                              (Fotografia da internet)


“Hoje venho até vós com um poema crepuscular…

Como não sou poeta, nada sei sobre métrica e rimas….

Apenas gosto de escrever enquanto estou sozinho…

E sinto...

Mas porquê hoje um poema crepuscular?

Porque, para mim, é a única luz que resta…

Sim, a luz do crepúsculo, essa mistura dilacerante de beleza e tristeza….

Essa luz sem tempo em que de manhã já é noite…

É, pois assim, que eu me sinto: um ser crepuscular…

Com um ar de despedida em tudo o que faço…

Experienciando o tempo que passa cada vez mais depressa…

O ‘Tempus Fugit’ que quando damos conta já passou mais um ano…

E aqui estou eu, com quem luto permanentemente…

Mergulhado neste abismo que chamam realidade…

Que mais parece um espetáculo de circo…

Daí, o que me tem valido são muitas tristezas e sucessivos exílios…

Fiquem, pois, cientes, que estas minhas opiniões, todas as opiniões...

Não passam de opiniões…

Não são a verdade… Ninguém sabe o que é a verdade…

O meu passado está cheio de certezas absolutas que ruíram com os dias…

Por isso, corre em mim uma tristeza de morrer…

Não, não é medo o que sinto... É tristeza mesmo…

Que pena a vida ser só isto…

Pois… É hora de eu partir…

Mas não vou fazê-lo com mais palavras tristes…

Resta-me, quanto tempo?

Não sei…

O relógio da vida não tem ponteiros…

Então… Há que viver o momento…

Pois, a vida é breve e a beleza perecedora…

A morte? A única certeza!

Vou, então aproveitar o dia de hoje…

Pois, não confio no de amanhã…

Amigos leitores: Carpe Diem!”


(Inédito!)


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