“Hoje
venho até vós com um poema crepuscular…
Como
não sou poeta, nada sei sobre métrica e rimas….
Apenas
gosto de escrever enquanto estou sozinho…
E sinto...
Mas
porquê hoje um poema crepuscular?
Porque,
para mim, é a única luz que resta…
Sim,
a luz do crepúsculo, essa mistura dilacerante de beleza e tristeza….
Essa
luz sem tempo em que de manhã já é noite…
É,
pois assim, que eu me sinto: um ser crepuscular…
Com um ar de despedida em tudo o que faço…
Experienciando o tempo que passa cada vez mais depressa…
O ‘Tempus Fugit’ que quando damos conta já passou mais um ano…
E
aqui estou eu, com quem luto permanentemente…
Mergulhado
neste abismo que chamam realidade…
Que
mais parece um espetáculo de circo…
Daí,
o que me tem valido são muitas tristezas e sucessivos exílios…
Fiquem, pois, cientes, que estas minhas opiniões, todas as opiniões...
Não passam de opiniões…
Não
são a verdade… Ninguém sabe o que é a verdade…
O
meu passado está cheio de certezas absolutas que ruíram com os dias…
Por isso, corre em mim uma tristeza de morrer…
Não,
não é medo o que sinto... É tristeza mesmo…
Que
pena a vida ser só isto…
Pois…
É hora de eu partir…
Mas
não vou fazê-lo com mais palavras tristes…
Resta-me,
quanto tempo?
Não
sei…
O
relógio da vida não tem ponteiros…
Então… Há
que viver o momento…
Pois,
a vida é breve e a beleza perecedora…
A
morte? A única certeza!
Vou,
então aproveitar o dia de hoje…
Pois,
não confio no de amanhã…
Amigos
leitores: Carpe Diem!”
(Inédito!)
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