“Alguns
dos que me leem, têm se queixado…
Dizendo
que há muita tristeza nas entrelinhas que escrevo…
Questiono:
- Mas,
não foi arte de Deus, misturar alegria e tristeza?
E
depois… Cá para mim…
É melhor
a tristeza que o riso….
É
que, por vezes, a tristeza do rosto faz-nos melhor ao coração…
E
pelo prazer da tristeza…
Advém-me
alguma felicidade de não precisar de estar alegre…
A
poesia nasce, pois, também na tristeza…
Já
dizia Caeiro que era também muito amigo da sua tristeza:
- «Minha
tristeza é sossego porque é natural e justa e é o que deve estar na alma»…
Hoje
até confundimos estar alegre, dizendo coisas engraçadas…
Querendo
que os outros riam…
Quartando-se
a liberdade do outro estar triste...
Como
alguém alegre, pode gozar o silêncio triste da beleza do crepúsculo?
Caros
amigos, leitores… Podem ficar tranquilos…
Sou
triste, sim!
Mas a
minha tristeza é natural em mim…
E é
o que me corre na alma…
E
depois…
Reforço
o que disse lá atrás:
- A
tristeza do meu rosto faz melhor ao meu coração!”
(Inédito)
Sem comentários:
Enviar um comentário