A POESIA... É DO LEITOR...

“O poeta inspira-se… A poesia nasce… O que fica a faltar? Lerem-me, caros leitores! Leiam-me como se eu fosse o vosso último alimento… Leiam-me como se não houvesse amanhã… Leiam-me e extraiam de mim a vossa derradeira inspiração… Leiam-me como se eu fosse o céu que vos sustenta… Ou, simplesmente… Como se eu fosse apenas um outro alguém… Ainda que sendo eu simples poesia... Leiam-me... Para que eu passe a fazer também parte de vós…”

31 agosto 2022

SEPARAÇÃO... UMA BÊNÇÃO EM FORMA DE DOR...

 

                                                                                                                 ('Post' Internet)

“Quando dois amantes se separam…

De alguma forma, a dor desponta…

Sim, é possível separar-nos de alguém com respeito e com ternura...

Mas, para isso é preciso que as duas pessoas envolvidas…

Tenham amadurecido o suficiente para se conhecerem a si mesmas…

E para além da dor que advém da rotura passional…

Talvez mais difícil, seja suportar, de novo, a solidão…

Mas, saibam… Nunca estamos sós!

A vida é um caminho…

Nem sempre as pessoas com quem iniciamos a travessia…

São as mesmas com quem chegaremos ao final...

Sempre há alguém por perto…

E só existe uma decisão:

Caminhamos lado a lado… Ou não…

Dizem que «o amor é cego»…

Pois, se não conseguirmos antever o que já acontece…

Se colocarmos lentes fantasiosas sobre a realidade…

Poderemos nos desiludir…

E nos sentirmos traídos na confiança mais íntima do nosso Ser…

Daí, talvez devamos desenvolver também em nós um certo ‘desilusionismo’:

- Cada vez que temos uma desilusão estamos mais perto da verdade…

Por isso, devemos agradecer!

Se temos uma desilusão é porque não estávamos com atenção plena...

Enfim… Nada é fixo… Nada é permanente…

Saber abrir mão, desapegar-se – até da maneira como temos vivido…

É abrir novas possibilidades para todos...

Para quê sofrer?

Há que transformar essas ralações e dar vida nova à relação…

Apreciar e compreender a vida em cada instante é uma arte a ser praticada…

Separar-se dói, confunde…

Mexe com sonhos e estruturas básicas de relacionamento…

Mas a separação pode ser também uma bênção…

Uma libertação de uma fantasia, de uma ilusão…

E, por vezes, até de uma mentira…

Sejamos mais profundos…

Será que ainda é possível restaurar o vaso partido?

Quantas peças de arte restauradas são mais valiosas do que as novas…

Têm história, emoção, sentimento…

Aproveitemos, pois, a separação para colar os ‘cacos’…

Desenvolvamos a mente com sabedoria e com compaixão…

Queiramos mais ainda o bem de todos os seres….

E isso inclui a nós mesmos…

Cuidemo-nos e apreciemos a vida – tal como ela é…

Renovando-nos a cada instante e abrindo portais para o desconhecido, o novo…

Que pode ser antigo, mas novo a cada instante…

Transmutemos o amor passional em mais amor incondicional…

E saibamos separar-nos (se assim for)…

Com a mesma ternura e respeito com que nos unimos…”


(Inédito)

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