(Fotografia de Luís Borges)
“A
essência da nossa vida…
Foi
forjada nos silêncios…
E,
dessa forma, escondemos aquilo que somos…
Mas
afinal…
Que
importa falarmos tanto?
Se
apenas repetimos palavras...
Sons
vazios de mensagem…
Que
pretendem expedir o quotidiano moribundo…
Sim,
hoje somos como pássaros cansados…
Que
não encontraram o pouso merecido…
Muitos
dias se sucederam, entretanto…
E
tal como o tempo madura os frutos…
Se
branquearam os nossos cabelos…
Mas
o homem do porvir…
Anseia
pela aurora que eclodirá da nossa boca…”
(In "Crónicas Mundanas...")
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