“Sempre
tive uma grande paixão pelas palavras…
E
elas sempre me aceitaram tal como sou…
Sempre
me confortaram, traduziram aquilo que não sei expressar…
E
sim, muitas vezes me contradisseram…
E
quando elas nada me dizem, fico no vazio…
Deixando-me
na mais completa agonia, sem chão, sem rumo…
É
com as palavras, pois, que eu me confronto, tentando me entender…
E quantas
vezes me alimento delas, me encanto e me reinvento…
Ah! As
palavras são uma companhia fabulosa!
Apresentam-me
outros mundos, outras pessoas, outras maneiras de ver…
E,
sobretudo, outros modos de sentir e pensar a vida…
Ampliam,
pois, os meus horizontes…
Mas
todos nós dependemos muito de palavras…
Palavras
que tragam alegria, aconchego, consolo para a alma…
Carinho,
esperança, fé, beleza, paz e amor…
Tranquilidade,
sonho, bondade e verdade…
E
mais uma infinidade de sentimentos e atitudes…
Que nos
façam lembrar a nossa verdadeira essência…
Como
eu amo as palavras…
E
com elas poder compreender melhor quem eu sou, porque sou…
Saiba
eu agora fazê-las coincidir com os meus atos…
Para
que, de facto, elas tenham significado…
E,
assim, ganharem razão de serem e existirem…”
(In "Crónicas Mundanas...")
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