“Quantas
vezes nos sentimos sozinhos…
E
mesmo rodeado de pessoas…
Mas,
pior, é quando temos alguém ao nosso lado…
Que
nos faz sentir ainda mais sozinhos…
É a
chamada ‘solidão acompanhada’…
Quem
se submeter a essa situação…
Provavelmente
sentirá um enorme vazio…
E às
vezes leva tempo para entender de onde vem esse sentimento de vazio…
O
facto é que as feridas emocionais vão-se instalando suavemente…
E um
sentimento profundo de culpa aparece frequentemente…
E aí…
A solidão é sentida como uma rejeição…
E,
pouco a pouco, sentimo-nos cada vez mais indignos de afeto…
Ah!
Saia dessa enquanto é tempo!
Ou entrará
num estado de apatia e perderá a alegria de viver…
E
não caiam também no erro de tentar reaproximar-se do outro…
Pois,
essa procura de conexão pode transformar-se em busca de aprovação…
O
que acabará gerando uma dependência emocional…
Sim,
é difícil acabar com tudo!
É
que nas relações interpessoais, nada é preto e branco...
Aquela
pessoa que hoje nos faz sentir sozinhos…
Outrora
pode ter sido uma fonte de alegria, apoio e satisfação…
E essas lembranças fazem-nos ficar presos ao passado...
Evitando os problemas do presente…
É,
pois, provável que nos acostumemos a essa situação…
Que
tenhamos encontrado um equilíbrio dentro desse mal-estar…
E
temos medo de que a nossa decisão piore ainda mais as coisas…
O hábito e as rotinas são motivos fortes...
Que nos mantêm presos a situações que
nos magoam...
Amigos…
Leitores…
A solidão escolhida, o desfrutar da nossa própria companhia...
É um presente
extraordinário…
É um
ato de auto-estima e muitas vezes até mesmo de sobrevivência…
O dar-nos uma oportunidade a nós mesmos...
É o melhor presente que podemos nos oferecer...
Aprendamos,
pois, a gostar de nós mesmos…
Desfrutemos
da nossa própria companhia…
E
passemos a fazer as coisas que nos agradam e nos fazem sentir vivos…
É,
afinal, um novo estágio de crescimento e descoberta…
Que nos ajudará a aceitar e fechar as feridas...
Deixadas por quem nos fez sentir
ainda mais sozinhos…”
(Inédito)
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