“Se pretendemos
amar em plenitude… Até à exaustão…
Temos
de nos amar a nós mesmos…
Mas,
atenção neste ato de amor-próprio…
Podem
acontecer inúmeros equívocos…
É
que muitos confundem amor por si mesmo com egoísmo…
Mas
isto só acontece se, antes de amar a si mesmo…
A
pessoa não se conhecer a ela mesma…
Tal
como amar a quem não se conhece…
Também
constitui um grande equívoco…
Relações
desta natureza cairão na necessidade de fuga de si mesmo…
Assim, o verdadeiro amor, está muito mais
relacionado a um encontro…
Ou
melhor, a uma conexão…
Conexão
implica complementaridade… E mútuo aprimoramento…
Tornamo-nos
em pessoas melhores, na mesma medida…
Em
que contribuímos para tornar os outros, também, em pessoas melhores…
E só
podemos fazer parte deste processo, na mesma proporção…
Em
que nos sentimos integrados com aquilo que essencialmente somos...
De
novo, retornamos à questão do autoconhecimento...
O princípio fundamental para amar o outro reside, pois...
Na capacidade de amar a si mesmo…
E, é
impossível amar a si próprio, sem se autoconhecer…
Pois,
aquele que não se conhece e não está integrado consigo mesmo…
Não
possui a base necessária para amar…
E, inevitavelmente,
confundirá amor com a fuga de si mesmo…
Ou
seja, não vai se amar, mas autoafirmar para si…
Supostas
verdades ou ilusões, que vão encobrir, na forma de disfarces…
A
sua verdadeira realidade…
E,
não vai amar o outro…
Mas,
projetar nele, as insatisfações que não consegue assumir em si mesmo…”
(Inédito)
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