“Não!
Não almejo ser feliz…
Pretendo
apenas experienciar…
E isso
implica ter curiosidade…
Ir
sempre mais além…
De
mim mesmo…
Lamentar
pouco e enfrentar os dias…
A
felicidade deixo-a para os homens consumistas…
Pois,
ela é mais uma ilusão mercadológica…
Eu
sou mais um buscador hedonista…
Busco
tão somente sentir…
Sentindo
nas coisas, nas situações e mesmo nas relações…
A
minha exclusiva felicidade…
Vedando-me
aos prazeres medíocres...
Sim,
aqueles mais mundanos…
Pois,
nenhum objeto pode satisfazer-nos plenamente…
E os desejos autossustentados...
Esses sabemos que não se esgotam nunca…
Ah!
Quero apenas experienciar…
E,
desse modo, viver plenamente…
Sim,
implica também sentir plenamente as dores…
As
perdas, os fracassos…
Afinal,
vim para viver de verdade…
Ser,
mais do que parecer…
E permitir
também perder-me…
Mas,
permitir perder-me…
Transformando
a minha vida numa eterna aventura…
Em
busca de mim mesmo…”
(Inédito)
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