A POESIA... É DO LEITOR...

“O poeta inspira-se… A poesia nasce… O que fica a faltar? Lerem-me, caros leitores! Leiam-me como se eu fosse o vosso último alimento… Leiam-me como se não houvesse amanhã… Leiam-me e extraiam de mim a vossa derradeira inspiração… Leiam-me como se eu fosse o céu que vos sustenta… Ou, simplesmente… Como se eu fosse apenas um outro alguém… Ainda que sendo eu simples poesia... Leiam-me... Para que eu passe a fazer também parte de vós…”

25 agosto 2022

MUNDOS PARALELOS...

 



“Vivemos em universos paralelos que se multiplicam…

Não, não se assustem…

São apenas duas opções, com uma mesma origem…

Que se podem desenvolver ao mesmo tempo em torno dessa mesma origem…

Mas isso, lá mais num futuro próximo…

Quando duas realidades opostas chegarem a existir de modo simultâneo…

Ou seja…

Podemos estar e não estar ao mesmo tempo…

Tornando ambas as opções - a de estar e a de não estar - uma probabilidade cósmica…

Vivemos, pois, num labirinto temporário…

Uma espécie de composição imaginária…

Na qual é necessário enfrentar várias encruzilhadas ao mesmo tempo…

Alternativas que deixam de ser alternativas…

Se optamos simultaneamente por todas ao mesmo tempo…

Criamos, assim, diversos tempos que se multiplicam e se bifurcam…

Onde todos os desenlaces acontecem…

E cada um é o ponto de partida de outras bifurcações…

Não pensem que é ficção, não…

A física de hoje já nos demonstra que uma mesma partícula…

Pode ser encontrada numa infinidade de lugares ao mesmo tempo…

E que sempre que ocorre um evento quântico…

O universo divide-se em dois universos paralelos e opostos entre si…

De tal modo que, enquanto o evento ocorre num…

O contrário ocorrerá no outro…

 É tudo, afinal, uma questão de probabilidades…

Eu sei… Pensa o leitor que eu é que vivo num labirinto quântico…

Inventando uma desordem de mundos a partir do meu lugar na ordem do universo…

Confesso… Concordo com o labirinto…

Mas apenas como uma extensão mágica do meu Ser enquanto humano…

Como um símbolo evidente da perplexidade infinita…

Afinal, uma extensão labiríntica do meu inconsciente…” 


(Inédito)


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