(Fotografia da Internet)
“Sempre
ansiei passar despercebido…
Não
como um proscrito…
Mas
apenas como alguém que passa…
Sem
estar na boca de toda a gente…
Apenas
viver despretensiosamente…
Viver
até aos meus últimos passos...
Aprendendo
a amar os espaços…
Ouvindo
os ecos da ilusão…
Sem
suster a respiração…
Como
se apenas caminhasse no destino…
Esbatendo-me
no anonimato…
Qual
sombra que se esvanece com recato…
A
isto sim, eu chamo viver…
Viver,
passo a passo…
Seguindo
as pegadas do meu passar…
Sem
renunciar a qualquer pedaço do meu ser…
Sim,
viver…
Ou,
simplesmente, estar vivo e permanecer…
Até ao fim…”
(In "Crónicas Mundanas...")
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