A POESIA... É DO LEITOR...

“O poeta inspira-se… A poesia nasce… O que fica a faltar? Lerem-me, caros leitores! Leiam-me como se eu fosse o vosso último alimento… Leiam-me como se não houvesse amanhã… Leiam-me e extraiam de mim a vossa derradeira inspiração… Leiam-me como se eu fosse o céu que vos sustenta… Ou, simplesmente… Como se eu fosse apenas um outro alguém… Ainda que sendo eu simples poesia... Leiam-me... Para que eu passe a fazer também parte de vós…”

26 setembro 2022

CHORO...

 

                                                                                                               (Fotografia da Internet)


“Sim, naturalmente, os homens também choram…

Eu cá choro… E sou ‘muito’ homem…

Mas eu choro… Choros diferentes…

Por vezes, choro um tipo de choro em que as lágrimas me correm sem parar…

Mas não consigo aliviar-me…

Sim, é aquele tipo de choro de uma criança com a angústia da fome…

Não, esse choro não me satisfaz mesmo…

 Prefiro tentar fazer-me de forte, e enfrentar…

Mas nem sempre é necessário ‘armar-nos’ em fortes...

Devemos respeitar as nossas fraquezas...

Então, aí choro aquele choro com lágrimas suaves…

De uma tristeza legítima à qual tenho direito…

Elas correm devagar…

E quando passam pelos lábios sente-se aquele gosto salgado, límpido…

Resultado da minha dor mais profunda…

Ah! Chorar sabe tão bem!”


(Inédito)

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